30 de setembro de 2017

Ciro Gomes diz que aliança com Eunício é "muito improvável"

Retomada da aliança do grupo dos Ferreira Gomes com o presidente do Senado Eunício Oliveira (PMDB) é “muito improvável”, segundo o ex-ministro Ciro Gomes (PDT). “Nós nos distanciamos de forma muito agressiva e acho que um movimento desses seria estranhamente visto pelo povo. Não acho bom para ele nem bom para nós”, afirma.

Ciro, no entanto, não descarta completamente a reaproximação com o ex-aliado e diz que “a última palavra” será, “naturalmente”, do governador Camilo Santana (PT), que é o candidato do grupo.

“Entendo que o governador Camilo esteja procurando o senador Eunício, porque todos os recursos do Ceará, recursos da saúde, seca, segurança pública, estão em Brasília, e ele é o presidente do Congresso Nacional, e muita gente está atribuindo a ele a obstrução desses recursos”, alfineta.

Embora seja, entre os Ferreira Gomes, o maior crítico do peemedebista, tendo-o chamado em outras oportunidades de “mentiroso”, “aventureiro” e “lambanceiro”, Ciro evitou maldizer Eunício, usando tom mais brando ao negar reaproximação. “Esse foi o apelo que o Camilo foi fazer a ele e, naturalmente, se ele consegue fazer isso, o Camilo vai agradecer publicamente, haverá o reconhecimento e isso vai diminuindo a distância, que é muito grande hoje”.

As declarações foram dadas em fórum organizado pelo Instituto de Pesquisa e estratégia econômica do Ceará (Ipece) ontem (29/09), duas semanas após seu irmão, o ex-governador Cid Gomes (PDT), admitir possibilidade de acordo com Eunício para 2018 se isso for “o melhor para a reeleição” de Camilo. Questionado se, pessoalmente, apoiaria Eunício, o ex-ministro não quis responder.

Durante sua palestra no evento, Ciro chegou a mencionar caso das malas com R$ 51 milhões encontradas em apartamento em Salvador, atribuídas ao ex-ministro Geddel Vieira Lima, afirmando que ele também fez parte dos governos petistas de Lula e Dilma Rousseff (PT).

“(Dizem) ‘ah, foi no passado, tem que negociar’… Eu também acho, sou um velho experimentado político, acho que negociação é necessária, mas depois de tudo o que aconteceu não aprender nada? Chegar em uma caravana e se abraçar em um palanque com o (ex-presidente do Senado) Renan Calheiros (PMDB)?”, critica.

Questionado sobre os índices da última pesquisa CNT/MDA para a Presidência da República, o pré-candidato ao cargo não quis responder.

Com informações portal O Povo Online

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