10 de setembro de 2019

Pela primeira vez um brasileiro encerrou uma temporada em terceiro lugar na Copa do Mundo de MTB


Dia histórico para o MTB nacional (Foto: Bartek Wolinski)
Foram dez países e três continentes durante seis meses. A Copa do Mundo de Mountain Bike 2019 chegou ao fim no domingo em Snowshow, nos Estados Unidos e coroou quatro campeões: Nino Schurter e Kate Courtney no cross country (XCO) e Loic Bruni e Tracy Hannah no downhill (DH). Venha com a gente e vamos lembrar o que de melhor aconteceu durante o ano.


Henrique Avancini fechou o ano em terceiro na classificação, mas com um gostinho de "quero mais". O brasileiro, quarto em 2018, cresceu de rendimento ao longo da temporada e algumas vezes ficou no "quase". Na última etapa, uma queda no short track o impediu de ser vice-campeão da temporada no XCO.

Avancini venceu o short track em Andorra, teve ainda três segundos lugares e uma sequência de acontecimentos como bater a cabeça em uma ponte de madeira, diarreia e um tombo, o impediram de conquistar sua primeira vitória numa prova de cross country.

O brasileiro viveu sua melhor chance de vitória no XCO em Snowshoe, EUA (Foto: Bartek Wolinski)
Com o desempenho em 2019, Avancini se firmou como protagonista da modalidade - incluindo o destaque para a conquista do duplo título nacional (XCO e XCM) e uma medalha de prata nos Jogos Pan-Americanos, em Lima, mesmo tendo um pneu furado durante a prova.

A jornada de Nino Schurter, heptcampeão da Copa do Mundo, não foi fácil. O ano foi marcado por derrotas inesperadas e aprendizado para o suíço, atual campeão olímpico, que começou a temporada fora do pódio da etapa de abertura, em Albstadt, na Alemanha, e venceu "apenas" três vezes na Copa do Mundo. Acostumado com recordes, Nino assegurou ainda seu oitavo título mundial de MTB antes de conquistar a primeira vitória no short track na última rodada em Snowshoe.

O fato é que Nino sentiu a pressão do jovem holandês Mathieu Van Der Poel, 24 anos, que já tornou-se um gigante no ciclismo. O talentoso Mathieu mostrou que pode vencer em qualquer condição, conquistando vitórias importantes desde a pré-temporada, como o Campeonato Mundial de Ciclocross, intercalando o ano com provas clássicas de ciclismo (Amstel Gold Race, Dwars door Vlaanderen, entre outras) e quatro vitórias em cinco etapas que disputou da Copa do Mundo de MTB, fechando como vice-campeão mundial.

Mulheres de fibra

A suíça Jolanda Neff e a atual campeã olímpica Jenny Rissveds foram os destaques do Mundial na Elite Feminino, (Foto: Bartek Wolinski)
Após um início de temporada estelar com domínio absoluto da americana Kate Courtney, a suíça Jolanda Neff, mesmo com altos e baixos no ano, pressionou Courtney na decisão do título na última corrida. Mas outras mulheres começaram a dar as caras na elite feminina do cross country, como a francesa Pauline Ferrand-Prévot que no segundo semestre cresceu de performance, culminando na conquista do título mundial e na vitória na etapa final.

Outro destaque foi Jenny Rissveds, atual campeã olímpica, que saiu de uma depressão para retornar em alto nível com a vitória na etapa suíça e no short track nos EUA após três anos longe das provas. A consistência das holandesas Anne Terpstra, Anne Tauber e da suíça Sina Frei (campeã mundial sub-23) demonstrou que novas atletas do circuito mundial chegaram para ficar.

A temporada de 2020 promete fortes emoções, já que será ano olímpico e a elite do XCO terá um calendário diferente. Confira data e local das etapas de 2020

23 e 24 de abril: Nové Mesto, República Tcheca
20 e 21 de junho: Vallnord, Andorra
26 a 28 de junho: Albstadt, Alemanha
15 e 16 de agosto: Lenzerheide, Suíça
22 e 23 de agosto: Mont-Sainte-Anne, Canadá
19 e 20 de setembro: Les Gets, França


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