16 de setembro de 2019

Gilmar diz que é hora de encerrar ciclo de "falsos herois" no País


Em entrevista ao portal UOL e à Folha de S. Paulo o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), proferiu duros ataques a chamada Operação Lava jato. Para ele, diante do que tem sido revelado como prática dos envolvidos com a operação, no Ministério Pùblico e no Judiciário, "se essa gente estivesse no Executivo certamente fechariam o Congresso, fechariam o Supremo".

Mendes considera o momento, diante das descobertas que têm sido proporcionadas pelas conversas divulgadas pelo site The Intercept e parceiros, o melhor é "encerrar o ciclo de falsos heróis".

Na conversa com os jornalistas Tales Faria e Thais Arbex, o ministro do STF questiona o fato de como são recebidas as críticas que se faz à Lava Jato. Gilmar Mendes estranha o que se alega como "espírito da Lava Jato", indicando uma coisa semeluante a um "poder soberano. Onde? Em Curitiba". Descobre-se agora, diz ele, "que eles faziam delações submetidas a contingência, ironizavam as pessoas, perseguiam familiares para obter resultados em relações ao investigados". Todas ações, segundo destaca, à margem da lei.

Outro ponto que Gilmar Mendes destaca na conversa com os jornalistas é a alegada de que gozam os procuradores da Lava Jato e, em especial, o então juiz da 13ª Vara Federal, hoje ministro da Justiça, Sergio Moro.

"Se um tribunal passar a considerar esse fator, ele tem que fechar, porque perde o seu grau de legitimidade", analisa, considerando que tal situação representaria a falência do Judiciário.

Quanto à situação do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, dado como uma das principais "vítimas" da ação da Lava Jato, que já o condenou duas vezes, Gilmar Mendes prevê que entre os meses de outubro e novembro o STF deve julgar o habeas corpus solicitado pelo petista e que tem como base alegadas irregularidades cometidas durante o processo. Dentre eles, uma suspeição ao juiz Sergio Moro pela forma como se relacionou com a acusação, representada pelos procuradores reunidos na força tarefa que conduziu a investigação.

Apesar do tom forte das declarações do ministro do STF, a opção da Lava Jato foi, até o momento, dar o silêncio como resposta. Nenhum dos procuradores baseados em Curitiba, centro principal da operação se manifestou, em declaração, nota oficial ou pelas redes socias, espaço no qual costumam ser ativos.

Já Sergio Moro, esteve ontem à tarde visitando o presidente Jair Bolsonaro em São Paulo, mas saiu sem falar com os jornalistas, registrando o encontro no Twitter. Sobre Gilmar Mendes, nada.

Com informações portal O Povo Online



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