6 de dezembro de 2014

Estudantes da Escola Santa Tereza participam de Júri Simulado sobre aborto

Momento em que as advogadas sustentavam a tese de defesa (Foto Heloisa Bitu)
Realizou-se nada tarde de ontem (05/12) no pátio da Escola Santa Tereza um Júri Simulado sobre um caso fictício de aborto. Os estudantes do terceiro do ano daquela Escola foram escalados pela professora Heloisa Bitu para atuarem como Juiz, Promotora e Assistente de Acusação, Advogadas, acusadas, corpo de jurados, policiais e serventuários da Justiça. 

O Júri Simulado foi a culminância do o Projeto "Aborto: Direito ou Crime?" que teve suas atividades iniciadas no mês de agosto deste ano e contou com um vasto estudo de artigos científicos, jornalísticos e estatísticos, análise de documentários, filmes e palestras direcionadas, ministradas por Advogados, Psicóloga, Assistente Social, Juiz de Direito e demais Professores de áreas afins.

A iniciativa deste projeto, segundo a direção, tinha por objetivo levar à discussão todas estas questões fazendo com que os alunos compreendam as problemáticas sobre o tema; dando-lhes a possibilidade de o próprio formar a sua opinião sem quaisquer influências por algo referido em qualquer texto utilizado para estudo e estimulá-los à tomada de atitudes nas dimensões individual e coletiva entendendo as consequências físicas, psicológicas, sociais e legais de um aborto provocado.

A Diretora da escola, Meirenildes Alencar, na abertura dos trabalhos de ontem fez uma explanação sobre projeto, seus objetivos e pediu uma reflexão sobre tema com a mente aberta que receba todas informações possíveis e tire suas próprias conclusões.

O estudante Hercules Soares foi escolhido para presidir a Sessão do Júri, Maria Daianne Alexandre atuou como promotora e João Victor como Assistente de Acusação. As advogadas de defesa foram Geovanna Renaissa e Nirreylle Oliveira que defenderam as acusadas Karem e Maria Larissa.

De forma brilhante a promotora e seu assistente promoveram a acusação e pediram a condenação das acusadas pela prática do crime de aborto sob a alegativa de que a prática é delituosa e deve ser rigorosamente punida.

Por sua vez as advogadas sustentaram, também com grande brilhantismo que a legislação brasileira é ultrapassada e que a mulher tem direito de decidir sobre seu próprio corpo e que as mesmas não cometeram crime, pois crime maior seria jogar mais uma criança no mundo sem perspectiva de futuro.

Acusação e defesa voltaram a réplica e tréplica e após os sete jurados sorteados dentre os 21 estudantes previamente selecionados decidiram pela absolvição das acusadas acatando a tese da defesa.

A advogada Géssica Caldas atuou como assessora do Juiz e a este blogueiro/advogado coube auxiliar a preparação do inquérito/processo, e auxiliar os estudantes na preparação da acusação e defesa.

No final do evento A diretora Meire Alencar agradeceu a todos que participaram do projeto e parabenizou os estudantes pela brilhante apresentação. 

Confiram outras imagens do Júri Simulado:

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