23 de agosto de 2018

Sem Camilo no debate, candidatos Ailton e General polarizam

Púlpito destinado ao governador ficou vazio ao longo do debate (Foto: Fabio Lima)
No primeiro debate entre os candidatos ao Governo do Estado, na TV Jangadeiro ontem (22/08) a ausência de Camilo Santana (PT), que concorre à reeleição, predominou como assunto principal.

Alegando agenda no Rio de Janeiro ao lado do senador Eunício Oliveira (MDB) no mesmo horário do programa, o petista se tornou alvo prioritário de Ailton Lopes (Psol), General Theophilo (PSDB) e Hélio Gois (PSL).

Os adversários do governador se revezaram nas críticas, sobretudo nas áreas de segurança e infraestrutura.

"O governador não tem coragem (para debater)", atacou Theophilo no primeiro dos quatro blocos de debate.

"Faltou o governador sentar ali e prestar esclarecimentos", acrescentou Hélio, seguido pelo candidato do Psol, que classificou a falta como "irresponsável" e "desrespeitosa".

De acordo com pesquisa Ibope divulgada na última semana, Camilo tem 64% das intenções de voto na corrida ao Palácio da Abolição, à frente do candidato tucano, com 4%.

Ailton, Hélio e Francisco Gonzaga (PSTU), que não participou do debate, aparecem em triplo empate com 2%. Mikaelton Carantino (PCO), também fora do embate na TV Jangadeiro, não pontuou.

O segundo tópico mais frequente nos ataques foi o da segurança, em torno do qual Ailton e General divergiram.

Ao reafirmar que o problema no Estado era de falta de autoridade para enfrentar criminosos, o postulante tucano foi rebatido pelo candidato do Psol, que o comparou a Moroni Torgan (DEM), vice-prefeito de Fortaleza.

"Tem candidatos que parecem com o candidato que hoje é vice-prefeito", disse Ailton. "Simplesmente dizer que é falta de moral e de coragem (para baixar índices de homicídios) é apelar ao populismo. Isso não é um teste para quem vai prometer mais."

Sem o governador, o socialista e o tucano continuaram a polarizar, agora sobre a aliança de Camilo com Eunício, que disputa novo mandato no Senado.

Questionado pelo General sobre o que achava da parceria entre o petista e o emedebista, Ailton respondeu que essa era uma pergunta que deveria ser feita ao senador Tasso Jereissati (PSDB), principal fiador da candidatura do militar ao Governo.

O militar devolveu: "É o governador que está apoiando o MDB aqui, não é a gente", disse. Em 2014, com apoio de Tasso, Eunício enfrentou Camilo e perdeu no segundo turno.

O presidente do Senado se reaproximou da base governista no fim do ano passado. Hoje, Eunício concorre numa aliança informal com o governador.

Outros assuntos também entraram no radar dos participantes, como reforma trabalhista, corrupção e obras inacabadas.

Ao se referir ao desperdício de gastos no Ceará, Hélio disse que iria transformar o Acquario num museu em homenagem ao "gasto público irresponsável".

Com informações portal O Povo Online

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