9 de março de 2017

Maia diz que missão do Congresso é priorizar as reformas propostas pelo governo

O presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), afirmou, ontem (08/03) que a principal missão do Congresso hoje é priorizar as reformas propostas pelo governo. 

Segundo Maia, a aprovação das reformas “dará condições e segurança para que o setor privado volte a acreditar no Brasil, a investir e gerar emprego”.


Questionado sobre a falta de consenso dos deputados em torno da reforma previdenciária enviada pelo governo, Maia evitou comentar divergências entre os partidos e voltou a defender a  proposta. “Temos duas alternativas: ou fazemos uma reforma que não é dura, uma reforma que vá organizar o sistema previdenciário pro futuro, ou chegaremos a um determinado momento, se a reforma não for feita, em que teremos que fazer o que Portugal fez”.

Maia explicou que Portugal, para driblar a forte crise econômica, cortou os salários e a aposentadoria de servidores ativos e aumentou os impostos do setor privado. “A reforma proposta pelo governo [brasileiro] não corta salário de servidor, não corta aposentadoria e não aumenta impostos pra sociedade”, afirmou.

De manhã, o ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, participou de uma reunião com as bancadas do PSD e PRB para convencer os parlamentares da necessidade de reforma. O ministro foi convidado pelas lideranças para esclarecer alguns pontos da proposta. Segundo o líder do PSD na Câmara, Marcos Montes (PSD-MG), a necessidade da reforma previdenciária é clara para os deputados, mas ainda há muitas divergências em todas as bancadas sobre a forma de implementação das mudanças.

Montes disse que a bancada está buscando meios de sugerir e implementar mudanças no texto sem que se altere a “espinha dorsal” da proposta original do governo. “Em todas as bancadas há divergência, não adianta esconder isso. Estamos buscando alternativas para que essas divergências sejam as menores possíveis”, declarou Montes.

O líder da minoria na Câmara, José Guimarães (PT-CE), afirmou que entre os partidos da oposição ficou acordado que a proposta não deve ser votada sem debate e sem passar por todas as etapas previstas no regimento. “Já conversamos com o presidente da Câmara. Não haverá atropelo. Vamos seguir rigorosamente o regimento na tramitação dessas matérias, foi uma condição que colocamos.”

Os oposicionistas querem ainda que a Casa retome a discussão de outros projetos e não fique focada apenas nas reformas trabalhista e previdenciária. “Queremos debater a reforma política, é fundamental votar a reforma política, sobretudo o sistema eleitoral e o financiamento de campanha, até, no mais tardar, maio. A Câmara tem que discutir as matérias do governo, mas tem que ter uma agenda própria, porque senão perde sua capacidade de diálogo com a sociedade.”


Com informações Agência Brasil

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