22 de julho de 2017

PF pede revogação de benefícios da delação de Sergio Machado

A Polícia Federal pediu que os benefícios garantidos ao ex-presidente da Petrobras Transportes S.A, Sergio Machado, foram sejam cancelados. 

Segundo relatório policial, as benesses foram conseguidas por meio de delação premiada que a PF considerou “ineficaz”. O acordo prevê prisão de três anos em regime domiciliar em mansão no bairro Dunas.

No relatório submetido ao Supremo Tribunal Federal (STF), a PF argumentou que que o áudio entregue por Machado, no qual conversa com políticos, não apresenta indícios suficientes para incriminar os réus José Sarney, Renan Calheiros e Romero Jucá, gravados em conversas com Machado.

“A colaboração (...) mostrou-se ineficaz, não apenas quanto à demonstração da existência dos crimes ventilados, bem como quanto aos próprios meios de prova ofertados, resumidos estes a diálogos gravados nos quais é presente o caráter instigador do colaborador quanto às falas que ora se incriminam”, afirmou a delegada Graziela Machado da Costa e Silva.

Caberá ao Ministério Público, órgão que apresenta denúncias, analisar se há ou não vantagens no material apresentado por Machado. Nas gravações feitas, o tema predominante era a Operação Lava Jato. Segundo a PF, no entanto, “intenção” não é obstrução da Justiça.

Em fevereiro deste ano, ao pedir inquérito contra os peemedebistas por obstrução da Justiça, o procurador-geral Rodrigo Janot disse que o objetivo dos três era “construir ampla base de apoio político para conseguir, pelo menos, aprovar medidas de alteração do ordenamento jurídico em favor da organização criminosa”. O ministro Edson Fachin, que substituiu Teori Zavascki na relatoria da Lava Jato no STF, autorizou a abertura de inquérito sobre o caso.

Publicado originalmente no portal O Povo Online

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