14 de julho de 2017

Temer manobra e vence na CCJ da Câmara

Aliados de Michel Temer conseguem rejeitar parecer do peemedebista Sergio Zveiter na CCJ da Câmara (Foto: Renato Costa)
Após costuras e articulações da base, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), anunciou que a votação da denúncia contra o presidente Michel Temer no plenário acontecerá em 2 de agosto. Decisão foi tomada no mesmo dia em que aliados do presidente conseguiram barrar parecer pela aceitação de denúncia contra o peemedebista na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara por placar de 40 votos contrários e 25 favoráveis, além de uma abstenção.

Segundo Maia, a sessão começará às 9 horas e deve ser concluída no mesmo dia. Haverá 25 minutos para a defesa de Temer e o mesmo tempo para o relator Paulo Abi-Ackel (PSDB-MG), cujo parecer pela rejeição da denúncia foi aprovado na Comissão de Constituição e Justiça.

A data foi anunciada após uma reunião com os líderes da Casa. O governo começou a admitir na quinta-feira pela manhã que deixaria a votação para agosto, após constatar que não conseguiria mobilizar o quórum de 342 deputados cogitado por Maia para abrir a sessão.


O presidente da Câmara chegou a dizer que sua intenção era realizar a votação já na segunda-feira. “A minha proposta era dia 17 de julho, mas o governo percebeu que era muito difícil chegar a 342 deputados na Casa com a oposição fazendo obstrução”, disse.

Líderes da base tentaram manter o otimismo após o anúncio da data. “O governo terá os votos necessários para barrar a denúncia hoje (ontem) ou em agosto”, disse o líder do governo na Câmara, Aguinaldo Ribeiro (PP-PB).

A oposição, no entanto, espera que fatos novos, como a possibilidade de acordos de delação premiada por parte do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) e do doleiro Lúcio Funaro, desgastem ainda mais o governo.

Primeiro na linha sucessória, Maia pode se beneficiar desse adiamento, já que assumiria a Presidência em um eventual afastamento de Temer.

Apesar do apelo da base, o presidente da Câmara não cedeu e manteve o número mínimo de 342 deputados no plenário para dar início à votação. Segundo ele, qualquer outro cenário poderia ser contestado no Supremo Tribunal Federal (STF).

“Não adianta atender o quórum de alguns e no dia seguinte uma ação do Supremo derrubar a votação. A gente pode começar a discussão com qualquer quórum, mas só pode começar com 342.”

Diante da constatação de que o governo não teria como mobilizar número necessário de deputados, o discurso no Palácio do Planalto começou a mudar. O ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha, afirmou que “o problema de quórum” não era do governo. “Pode ser agora, pode ser agosto”, disse.

Com informações O Povo Online

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