9 de junho de 2021

Para o senador Randolfe depoimento de Queiroga confirma que não há autonomia no Ministério da Saúde

 

O senador Randolfe disse torcer para que Queiroga fique mais um tempo no Ministério da Saúde. "Pelo menos ele não é negacionista" (Foto: Jefferson Rudy)

O líder da Oposição no Senado e vice-presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid no Senado, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), avalia que a participação do ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, na comissão ocorreu sob "sério constrangimento" ontem (08/06). Segundo o senador, Queiroga utilizou-se de todos os meios para proteger o presidente da República. "Lamentavelmente não existe autonomia no Ministério da Saúde", completou.

Para Randolfe, o ministro, nesta terça-feira (8), esteve "sob maior pressão e mais irritado". "Rogo a Deus para que ele fique mais um tempo no Ministério da Saúde. Pelo menos ele não é negacionista, mas pela segunda vez que vi o ministro, mais convencido estou de que não existia um gabinete paralelo, mas sim existe um gabinete paralelo", afirmou o senador.

"Em alguns momentos esse constrangimento o faz incorrer em atos falhos, como foi o caso, ao ver as imagens dos atos antissanitários do presidente da República, de declarar que 'as imagens falam por si só'", afirmou Randolfe.

No seu segundo depoimento à CPI  o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, admitiu que não há nenhum infectologista trabalhando na linha de frente da pasta, mesmo em meio à pandemia provocada pelo novo coronavírus.

“O Ministério da Saúde, ao longo do tempo, tem perdido quadros. Nós não temos, no Ministério da Saúde, médicos infectologistas”, afirmou o ministro, em resposta ao relator da CPI, Renan Calheiros (MDB-AL). Diante da informação, o senador retrucou. “O que o senhor está dizendo é de uma gravidade muito grande, porque os infectologistas não estão sendo ouvidos na formulação de enfrentamentos de políticas públicas”.

Os senadores governistas Marcos Rogério (DEM-RO) e Luis Heinze (PP-RS) chegaram a intervir, afirmando que havia infectologistas atuando na pasta. Mas, após Calheiros rebater os colegas, afirmando que ambos estavam tumultuando a sessão, o ministro deu a resposta final. “Na minha equipe direta, eu não tenho nenhum infectologista comigo”.

Com informações portal Correio Braziliense

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