14 de setembro de 2016

Revezamento rende a sétima medalha de ouro ao Brasil no atletismo Paralímpico

Equipe do revezamento recebe as medalhas de ouro no Estádio Olímpico (Foto: Ana Patrícia Almeida)
O atletismo brasileiro não para! A manhã desta terça-feira (13) teve ouro, prata e bronze. Quem subiu ao ponto mais alto do pódio foi a equipe do revezamento 4x100m classe T11-13, com Daniel Silva, Diogo Ualisson, Felipe Gomes e Gustavo Araújo.


Os brasileiros não apenas conquistaram a medalha de ouro como quebraram o recorde Paralímpico da prova. Eles não deram chance aos rivais e anotaram o tempo de 42s37, contra 43s05 da China, medalha de prata. A equipe do Uzbequistão conquistou o bronze com 43s47.

Enquanto corria, Daniel conta que ficou um pouco ansioso parta saber a situação da prova. "Eu corria e perguntava ao meu guia (Heitor Sales): 'Como nós estamos?'. Ele só respondia: 'Corre, corre, corre'. Eu insisti, e ele repetiu: 'Corre, corre, corre'. Até que finalmente ele disse: 'Conseguimos. Conseguimos'".

Felipe também destacou a participação do guia (Jonas Silva) durante a prova. "Ele estava sempre me motivando durante a corrida, e no final deu a melhor notícia possível: que tínhamos vencido", contou, citando também a participação da torcida. "Eu percebi que tínhamos ganhado pelos gritos dos torcedores, e o meu guia confirmou".

O Brasil também ganhou ouro na noite de segunda-feira Esta é a sétima medalha de ouro do atletismo brasileiro no Rio 2016. O esporte é o que mais colocou o país no pódio: 20 vezes, tendo conquistado ainda oito pratas e cinco bronzes.

Prata e recorde O Brasil esteve muito perto de conquistar ouro também no salto em distância T37. Mateus Evangelista saltou 6,53m e quebrou o recorde mundial da prova, mas a marca não durou muito. O chinês Guangxu Shang voltou a quebrar o recorde na sequência com 6,77m, distância que lhe valeu o ouro. O bronze foi Haider Ali, do Paquistão, com 6,28m.

Mateus Evangelista chegou a quebrar o recorde mundial, mas foi superado (Foto: Al Tielemans)
Mateus deu crédito ao rival por ter dado a volta por cima. "Quando eu quebrei o recorde mundial, talvez o chinês tenha se assustado. Mas, ao mesmo tempo, ele estava muito quieto, conseguiu melhorar e quebrar o recorde de novo", disse o brasileiro, que lamentou apenas não ter ouvido o hino nacional brasileiro.

"Quando eu ouvi o hino chinês, comecei a cantar o brasileiro na minha cabeça". Bronze emocionante A primeira medalha do Brasl na sessão da manhã veio apenas no photo finish, com o bronze de Edson Pinheiro nos 100m rasos classe T38.

Recordista das Américas na distância, o acreano travou um duelo passada a passada com o sul-africano Dyan Buis, que terminou com o mesmo tempo do brasileiro: 11s26. Após alguns segundos de espera, a tecnologia apontou a vitória do brasileiro, com o rival em quarto.

“Ganhei dele no Mundial do ano passado e sabia que ele ia treinar muito para tentar dar o troco aqui. Mas, com a torcida me apoiando, não teve jeito. O público está de parabéns pela força que tem dado aos brasileiros”, disse Edson, que iniciou sua carreira no esporte no tênis de mesa.

Edson, de 37 anos, conquistou sua primeira medalha nos Jogos, após participar de Pequim 2008 e Londres 2012 sem ir ao pódio. O brasileiro foi vice-campeão mundial em 2015 e espera seguir entre os melhores do mundo nos próximos anos. “Achei que a minha carreira ia dar uma desacelerada nos últimos anos devido à minha idade, mas está acontecendo justamente o contrário. Estou entre os três primeiros do mundo, fiz o melhor tempo da minha vida no ano passado e agora tenho minha primeira medalha nos Jogos. Acho que ainda dá para ir mais longe”, comentou.

O ouro foi para Jianwen Wu, da China, que bateu o recorde mundial da distância com 10s74. O chinês de 29 anos é o atual campeão mundial da prova. A prata ficou com o australiano Evan O’Hanlon, que percorreu a distância em 10s98.

Com informações Portal Rio 2016




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