6 de julho de 2022

Ciro Gomes é quem menos quer os aliados que cogitam sair por Érico Firmo

Ciro Gomes assume linha de frente na condução do PDT (Foto: Fabio Lima)

O MDB de Eunício Oliveira está mais fora do que dentro da aliança governista. Espera até domingo que vem. No caso de a candidata do PDT ser Izolda Cela, irá ainda querer discutir o que caberá ao partido na coligação. Zezinho Albuquerque (Progressistas), na semana passada, também fez enfática defesa da candidatura da governadora à reeleição. “Nós que fazemos o PP não vamos admitir qualquer mudança.” No PT, há desde a semana passada sinais de trégua, para que o ex-governador Camilo Santana (PT) entrasse na articulação, de forma bastante contundente.

Pode-se dar como muito provável o rompimento do MDB se Izolda não for escolhida. Eunício recebeu Capitão Wagner (União Brasil) em casa, na semana passada. O PT romper parece o menos provável, mas algo que cada vez mais gente admite ser possível. Quanto ao Progressistas, dirigentes nacionais, como o presidente da Câmara, Arthur Lira (AL) prefeririam aliança com o bloco bolsonarista, mas dão autonomia à direção local. De todo modo, a chance de rompimento existe.

Não seriam dissidências desprezíveis. PT e Progressistas são os dois maiores tempos de TV do bloco governista. A seguir vem o PSD, que pressiona pela vaga de vice na coligação e também mantém portas abertas com Wagner se não for atendido. O MDB vem a seguir em termos de peso para o tempo no horário eleitoral. O PDT permanecerá muito forte se perder um desses apoios. Mas, a dissidência de dois ou três, ainda mais se migrarem para Wagner, é um estrago de grandes proporções.

Com Ciro Gomes (PDT) tomando à frente das conversas desde a semana passada, há um complicador para a base aliada. Ele é provavelmente quem tem menos simpatia pela aliança com o PT e com o MDB. Faz críticas recorrentes tanto no âmbito estadual quanto nacional. Com Eunício Oliveira trava ainda briga na Justiça, com movimentos mútuos até de provocação. Pode-se descartar Eunício como parte de uma candidatura que foi arquitetada por Ciro.

Camilo pressiona os Ferreira Gomes e entende que, com a estratégia planejada por ele, será garantida a mais ampla aliança possível, com todos esses partidos. Porém, isso significará o PDT abrir mão daquilo que pretende.

Como anda a candidatura do PDT

Roberto Cláudio está perto de ser candidato, mas enfrenta resistências que não esperava e não são fáceis de contornar.

Não será fácil, acima de tudo, ter campanha governista sem sequelas, com Roberto Cláudio ou Izolda Cela.

Camilo Santana está insatisfeito. Aliados estão surpresos e preocupados com a ausência de Cid Gomes (PDT).

Não descartam uma opção que não seja nem Roberto Cláudio e nem Izolda para salvar a aliança. A candidatura Cid Gomes não é a hipótese mais concreta, mas também não é vista como algo deslocado da realidade, ainda que essa não seja hoje a vontade do senador.

Publicado originalmente no portal O Povo Online

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