18 de julho de 2022

PDT pode definir hoje candidatura ao governo do Ceará

O ex-prefeito Roberto Claudio disputa a vaga com
a governadora Izolda Cela (Foto: Reprodução/Facebook)

Após meses de indefinições e tensões internas, o Diretório do PDT no Ceará enfim definirá hoje quem será o candidato do partido para a disputa pelo Governo do Estado. O fim do impasse, hoje polarizado entre as pré-candidaturas de Izolda Cela (PDT) e Roberto Cláudio (PDT), será discutido em reunião marcada para as 17h de hoje (18/07 na sede da sigla em Fortaleza.

O diretório do PDT cearense tem 84 membros titulares e 28 suplentes, podendo ser convocada uma votação geral para a questão. Segundo o presidente estadual do partido, deputado André Figueiredo, a reunião não será adiada e deve fechar a posição para a disputa, ainda que filiados que ficarem insatisfeitos possam recorrer até a convenção da sigla, marcada para 24 de julho.

"Temos absoluta convicção de que será uma reunião absolutamente produtiva, para que dessa reunião nós possamos sair com nosso pré-candidato ou pré-candidata ao Governo do Estado do Ceará", disse ao O POVO. "A reunião de segunda-feira acontecerá de toda maneira", continua.

Atualmente, estão no páreo, além da governadora Izolda e do ex-prefeito Roberto Cláudio, o deputado Mauro Filho e o presidente da Assembleia, Evandro Leitão. O nome escolhido na reunião de hoje, no entanto, ainda precisaria ser referendado na convenção do partido. "O PDT, através do diretório, vai indicar quem será o candidato ou candidata e vai disputar a convenção", diz ainda Figueiredo, que destaca a possibilidade de questionamentos da decisão até a data da convenção.

"Nunca aconteceu na história do nosso partido levar uma disputa para convenção. Mas, se tiver que levar, a chapa... Por exemplo, o candidato que não se sentir representado por quem eventualmente vencer essa etapa, que é a decisão do diretório regional, tendo 30% dos votos convencionais, ele pode apresentar uma chapa e disputar na convenção", explica.

Nos bastidores, há uma articulação, inclusive conduzida pela cúpula do partido no Estado, que tenta evitar uma votação direta entre os integrantes do diretório. No entendimento destes pedetistas, um embate "voto a voto" ampliaria desgastes internos na sigla e rusgas entre os seus membros. Em vez disso, o partido priorizaria uma decisão consensual por aclamação.

Diversos pedetistas ouvidos pelo O POVO, no entanto, acreditam que o impasse dificilmente será resolvido de forma prévia e acabará sendo levado para uma eleição interna. O encontro será realizado de forma presencial, sem formato híbrido. Questionado sobre este formato, Figueiredo destaca: "Até mesmo para evitar gravações desnecessárias".

A reunião de hoje ocorre em meio a crescente polarização entre as candidaturas de Izolda e Roberto Cláudio. A disputa interna entre os dois, antes restrita aos bastidores, começou a ficar mais explícita a partir de junho, quando aliados de ambos os candidatos passaram a fazer manifestações públicas de apoio de cada lado.

O argumento central de defensores de Roberto Cláudio é de que o ex-prefeito é mais conhecido e aparece como mais competitivo, chegando a registrar, na pesquisa Quaest encomendada pelo PDT em julho, empate técnico com o candidato da oposição, Capitão Wagner (UB), em um dos cenários.

Aliados de Izolda, no entanto, destacam que a governadora seria a candidata que mais reuniria a base aliada, uma vez que Roberto Cláudio é alvo de resistências entre diversas siglas do bloco governista, como PT e MDB. No início de julho, por exemplo, dirigentes de diversos partidos, incluindo PT, PP, MDB, PCdoB, PV, Republicanos e PSDB, lançaram notas de apoio a Izolda.

Com informações portal O Povo Online

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