2 de maio de 2020

Sem protestos nas ruas, oposição faz transmissão para marcar Dia do Trabalhador

Os ex-presidentes FHC, Lula e a ex-presidente Dilma criticaram o presidente Bolsonaro  (Fotos: Reprodução/YouTube) 
Para celebrar o Dia do Trabalhador, partidos de oposição fizeram uma live de mais de seis horas, reunindo deputados, senadores, presidentes de legendas e ex-presidentes. O encontro também contou com diversos artistas nacionais e internacionais, incluindo o ator Danny Glover e o músico e ex-Pink & Floyd Roger Waters. O encontro online foi a primeira vez em que os ex-presidentes Lula e Fernando Henrique Cardoso se uniram por motivos políticos desde a eleição de Collor, em 1988, quando FHC apoiou o petista no segundo turno.

Os partidos de esquerda tinham planejada, desde março, uma manifestação para a data. Por conta da pandemia, porém, o evento foi cancelado ainda naquele mês, para evitar a propagação do coronavírus. Nem todos os presentes mencionaram o nome de Bolsonaro, embora a maioria tenha tecido críticas diretas ou indiretas ao governo federal. 

“A comemoração do 1o de maio expressa a solidariedade dos trabalhadores. Esse ano, temos a pandemia e as rápidas mudanças econômicas provocadas pelas tecnologias, e o medo da pandemia e do desemprego”, afirmou FHC.

“Não é hora de nos desunirmos, mas de nos juntarmos para construir o futuro, a partir as condições do presente. São (condições) negativas, mas são as que temos. Temos que olhar pra frente, acreditar no futuro, olhar as pessoas e marchar juntos. Enfrentamos alguns problemas antigos e outros novos e temos que manter a democracia e a liberdade”, concluiu o ex-presidente.

O ex-presidente Lula destacou as transformações que o vírus causou ao planeta em poucos meses, cm o isolamento social na maior parte dos países e fortes impactos econômicos. Lula também falou em se preparar para o futuro e, perto do fim, disparou contra Bolsonaro, mas falou o nome do presidente apenas uma vez. Disse que o chefe do Executivo “debochou com a memória da morte de mais de 5 mil brasileiros”. 

“A economia deixou o capitalismo nú. Foram necessários 300 mil cadáveres para a humanidade ver uma verdade que os trabalhadores conhecem que desde que nasceram. O que sustenta o capitalismo não é o capital, mas as pessoas, os trabalhadores”, afirmou.

Já a ex-presidente Dilma Rousseff dedicou parte razoável de sua fala para criticar o atual presidente. Disse que Bolsonaro é um político “que não se envergonha de promover a desordem e destruição da ordem apoiando protestos contra as instituições democráticas”

“A pandemia ganha contornos ainda mais graves no Brasil. O presidente deixa de atuar como um líder que deveria salvar vidas humanas. É triste que tenhamos que atravessar uma situação tão ruim em pleno séc 21, tendo à frente um líder que elogia torturadores, desrespeita a vida das pessoas, despreza a ciência e trata governadores e prefeitos como inimigos, e se omite de uma crise econômica que se avizinha com desemprego em massa”, criticou.

Clique aqui e assista o vídeo na íntegra

Com informações portal Correio Braziliense

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