11 de maio de 2020

Ceará registra maior índice de isolamento social do País

 Ontem Fortaleza teve o primeiro domingo de isolamento social rígido (Foto: Reprodução/Facebook)

Ceará atingiu o índice de 50,76% de isolamento social - o mais alto entre os 27 estados do País. O dado é monitorado pela plataforma Inloco, com base no comportamento de localização de cerca de 60 milhões de pessoas. O número é de sábado, 9, segundo dia do vigor dos decretos municipal e estadual de combate à Covid-19 que preveem regras mais rígidas para estabelecer maior permanência das pessoas em domicílio. Na quinta-feira, 7, último dia antes do lockdown de Fortaleza, o percentual de isolamento era de 47,70%. Ou seja, em dois dias, o Estado alcançou uma melhora de três pontos percentuais no índice.

Também no sábado, um monitoramento de Fortaleza registrou uma redução de 64% do tráfego de veículos. O número, estimado pela Autarquia Municipal de Trânsito e Cidadania (AMC), é o maior medido em um sábado desde o início dos decretos, ainda em março. Os dados, conforme Arcelino Lima, superintendente da AMC, representam uma tendência de "maior respeito em relação ao isolamento social mais rígido", mas ainda é cedo para aferir que está tendo "uma resultado positivo ou não". O dado é uma média - aferida a partir da contagem na rede de semáforos inteligentes e fiscalização eletrônica -, e, segundo Arcelino, há um maior isolamento na região leste da Cidade, nas regionais VI, II, e do Centro, e uma redução menor nas regionais I e V.

"O que se tem é que, pelo volume de veículos diário, 70% seria uma redução ideal, porque a gente identifica que 30% dos veículos estão cumprindo serviços essenciais e efetivamente têm de estar na rua. Seria viável ter 70% de isolamento sem comprometer os serviços essenciais e estamos colocando como um objetivo, muito embora seja um número ousado", detalha o gestor.

Referente a meta municipal, os 70% também são almejados a nível estadual e seriam o ideal, como estima a epidemiologista Lígia Kerr, pesquisadora e professora da pós-graduação do Departamento de Saúde Comunitária da Faculdade de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC). Ela pondera que, diante da previsão da curva gráfica dos casos para o Ceará que se tinha no início da ações de combate à Covid-19, o que foi implementado pelo Governo do Estado foi "extremamente importante". "A situação ia ser muito pior se o governo não tivesse feito o que fez. Foi um avanço, mas precisamos muito mais do que isso. Nós teríamos que ter, para conseguir uma situação que não abarrotasse os hospitais, como tem acontecido, perto de 70% de (adesão ao) isolamento. Diante disso (os 50,76%), nós ainda estamos muito abaixo", analisa.

Ontem, o Ceará chegou a 1.114 mortes e 16.692 casos confirmados de coronavírus. Dos registros confirmados, 69,2% foram em Fortaleza, que chegou no sábado a 809 mortes. Os números foram atualizados na plataforma IntegraSUS, da Secretaria da Saúde do Estado (Sesa), que passou a informar também o número de pessoas recuperadas no Ceará: 7.951.

Com informações portal O Povo Online

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