13 de julho de 2018

Após pressão de Pernambuco, PSB adia congresso para agosto


Pressionada pelo governador Paulo Câmara (PSB), a direção nacional do PSB adiou as reuniões que estavam previstas para serem feitas na próxima semana. Agora, o congresso do partido só deverá ser feito no dia 5 de agosto. O anúncio é do presidente nacional da legenda, Carlos Siqueira.

O adiamento foi um pedido do governador. “Nós vamos levar ao congresso esse posicionamento de Pernambuco em favor da aliança formal com o PT”, afirmou.

A estratégia do governador de Pernambuco se firma na tentativa de trazer as lideranças nacionais do partido para a pré-candidatura do ex-presidente Lula. Com a vereadora Marília Arraes (PT) liderando, em empate técnico, as pesquisas de intenção de voto para o Palácio das Princesas, o movimento do pessebista é para fortalecer os acordos para a reeleição.

O recuo dos socialistas para definir o futuro na eleição de outubro é má notícia para a pré-candidatura de Ciro Gomes (PDT) que ainda espera formalizar acordo para o primeiro turno da disputa que se aproxima.

Os problemas do cearense se acentuam ainda mais quando o presidente do PT de Pernambuco, Bruno Paiva, afirma que a candidatura da vereadora ao Governo do Estado está completamente condicionada às tratativas nacionais. “O importante para o PT de Pernambuco é o projeto nacional. Por mais difícil que seja, se a aliança se consolidar nacionalmente nós vamos fazer as adaptações necessárias”, admitiu ao jornal O POVO.

As adaptações admitidas pelo dirigente dizem respeito à retirada da pré-candidatura petista ao governo. Para a vice-líder da oposição na Assembleia Legislativa, deputada Teresa Leitão (PT-PE), caso a possibilidade se confirme, “para o PT de Pernambuco vai ser um desastre”. “Nós estamos em campos opostos desde 2012. A gente vai ser aba do chapéu do PSB até quando?”, questionou a parlamentar.

Em entrevista ao jornal O POVO, o senador Humberto Costa (PT-PE) admitiu que tem se distanciado da pré-candidata em razão das conversas com o governador e o movimento de uma aliança entre PT e PSB no campo estadual. O parlamentar trabalha por acordo com o ex-adversário político.

“Quem vai definir se vai ter candidatura própria no Estado é o próprio PT nacional”, disse o senador. Para Humberto, não há motivações para conversas entre ele e a vereadora enquanto não houver uma definição no partido que deverá ocorrer no próximo dia 20.

Enquanto Pernambuco continua sendo impasse para acordo da sigla com o ex-governador do Ceará, em São Paulo, outro Estado que dificulta as tratativas com Ciro em âmbito nacional, continua sem grandes alterações no quadro. O deputado federal Luiz Lauro Filho (PSB-SP) disse ao jornal O POVO que a legenda continua arisca a Ciro no Estado em razão da pré-candidatura de Geraldo Alckmin à Presidência pelo PSDB.

Com informações portal O Povo Online

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