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| Prefeita Késia e assessoras premiando a Elite (Foto: Equipe Ultra Radical) |
Dos 75 ciclistas inscritos para a 8ª edição do Desafio 3 Horas MTB Altaneira, realizado na manhã de hoje (30/11) apenas 53 concluíram a Prova. Confira a Resultado:
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| Davi Alcolumbre e Hugo Motta comandam as duas casas do Congresso Nacional (Foto: Reprodução/Facebook) |
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| O secretário Adeilton tentou contornar a situação, mas foi agredido pela ex-secretária (Foto: Reprodução/Whatsapp) |
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| O relator que apenas os votos dos deputados Alcides Fernandes, Carmelo Neto e dos suplentes masculinos deveriam ser invalidados (Foto: Júnior Pio) |
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| Deputados e senadores derrubaram 52 vetos do Governo ao chamado PL da Devastação (Foto: Kayo Magalhães) |
Uma semana após o encerramento da 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), em Belém, o Congresso Nacional impôs uma derrota aos esforços de proteção do meio ambiente, ao derrubar 52 dos 63 vetos presidenciais ao projeto da Lei Geral do Licenciamento Ambiental — que ficou conhecida como PL da Devastação. A manutenção do texto original é vista por ambientalistas como o pior retrocesso legislativo da história brasileira nessa questão. O resultado consolidou a união da centro-direita, que se articulou para impor uma dura derrota ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O placar foi de 295 votos pela derrubada na Câmara dos Deputados e 52 no Senado.
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| Mesa Diretora da Câmara Municipal de Altaneira (Foto: Marcos Lima) |
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| A nova lei foi aprovada por unanimidade pelo Congresso, mas os presidentes das casas legislativas não prestigiaram o ato (Foto: Ricardo Stuckert) |
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| Os presidente Motta e Alcolumbre não participaram de cerimônia no Planalto com o presidente Lula (Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom) |
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| Ex-presidente Bolsonaro flagrado no dia que foi anunciada sua condenação por tentativa de golpe de estado e outros crimes (Foto: Wilton Junior) |
Terça-feira, 25 de novembro de 2025, é um dia que estará gravado nos livros de história. Outros ex-presidentes foram presos, mas Jair Bolsonaro (PL) é o primeiro a ser condenado e, agora, cumprir pena por tentativa de golpe de Estado.
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| As defesas do ex-presidente Bolsonaro, dos generais Heleno, Braga Neto, Paulo Nogueira e do almirante Garnier ainda tentam outro recurso (Foto: Reprodução/Facebook) |
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| Os generais Augusto Heleno, Braga Neto, Paulo Nogueira e o almirante Almir Garnier estão presos por tentativa de golpe de estado, dentre outras acusações (Foto: Reprodução/Facebook) |
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| Bolsonaro na Polícia Federal em Brasília (Imagem capturada do vídeo de Rafael Sobrinho) |
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| Grande parte do discurso de Lula foi dedicada à defesa da educação como pilar do desenvolvimento e da democracia (Foto: Ricardo Stuckert) |
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| A maior lição da COP30 seja sobre o agora, viver, adaptar, agir e se comprometer eticamente com o sustentável (Foto: Felipe Werneck) |
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| A exclusão do plano para o fim dos fósseis decepcionou ambientalistas e parte das delegações (Foto: Ricardo Stuckert) |
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| Além dos latino-americanos, veículos dos Estados Unidos, Europa e Ásia destacaram a tentativa de adulteração da tornozeleira eletrônica e a identificação de risco de fuga (Foto: Montagem/BA) |
A prisão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) repercute na imprensa internacional ontem. Veículos dos Estados Unidos, Europa e países latino-americanos destacaram a tentativa de adulteração da tornozeleira eletrônica e a identificação de risco de fuga às vésperas do possível início do cumprimento da pena de 27 anos.
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| Por determinação do ministro Moraes não foram registradas imagens da prisão de Bolsonaro (Foto: Vinícius Schmidt) |
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| O ministro Alexandre de Moraes determinou que Bolsonaro fosse conduzido "sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática" (Foto: Sérgio Lima) |
O ex-presidente Jair Bolsonaro foi preso preventivamente, neste sábado, após violar a tornozeleira eletrônica e descumprir medidas cautelares impostas pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Na decisão que determinou a detenção, o ministro Alexandre de Moraes apontou risco de fuga. O ex-chefe do Executivo passará por audiência de custódia neste domingo. A Primeira Turma da Corte marcou para esta segunda-feira uma sessão extraordinária para analisar a determinação do magistrado.
Na decisão, Moraes afirmou que a tornozeleira de Bolsonaro foi violada à 0h07 deste sábado. O alarme do equipamento disparou, e, imediatamente, a equipe que faz a vigilância do ex-presidente — que estava em prisão domiciliar — foi acionada pela Secretaria de Administração Penitenciária do Governo do Distrito Federal, responsável pelo aparelho. A escolta, então, confirmou a violação e fez a troca do equipamento à 1h09.
O próprio Bolsonaro reconheceu que usou solda para violar o equipamento de segurança. "No momento da análise, o monitorado foi questionado acerca do instrumento utilizado. Em resposta, disse que fez uso de ferro de solda para tentar abrir o equipamento", diz o relatório enviado ao STF (veja, no quadro, o diálogo).
Moraes citou o risco de fuga do político, além da suspeita de o ex-presidente e aliados tramarem para causar "tumulto" e obter vantagens pessoais. A desconfiança sobre as intenções do condenado começou após o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) convocar, na noite de sexta-feira, uma vigília em frente ao condomínio do pai, em Brasília. No vídeo publicado nas redes sociais, o parlamentar chama os apoiadores para "vencer as injustiças, as lutas e todas as perseguições".
Para a Polícia Federal e para o Supremo, o ato poderia colocar em risco a vida de todos os envolvidos, inclusive das forças policiais, além de acirrar a polarização política. Moraes classificou como "iniciativas patéticas" as ações dos filhos Eduardo e Flávio Bolsonaro, que tentaram interferir no processo em favor do pai.
"A democracia brasileira atingiu a maturidade suficiente para afastar e responsabilizar patéticas iniciativas ilegais em defesa de organização criminosa responsável por tentativa de golpe de Estado no Brasil", escreveu.
A Polícia Federal chegou ao condomínio de Bolsonaro por volta das 6h deste sábado e deixou o local cerca de meia hora depois. O ex-presidente foi levado diretamente para a Superintendência da PF.
"Dignidade"
Na ordem de prisão, Moraes determinou que Bolsonaro fosse conduzido "sem a utilização de algemas e sem qualquer exposição midiática", observando "todo o respeito à dignidade do ex-presidente da República". Ele também ordenou a disponibilização de atendimento médico em tempo integral ao ex-chefe do Planalto durante o tempo de prisão dele.
Bolsonaro estava em prisão domiciliar desde 4 de agosto, por causa de uma investigação sobre a atuação do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), suspeito de coagir a Justiça ao atuar nos Estados Unidos por sanções contra autoridades brasileiras. À época, o ex-presidente usou as redes sociais de aliados para divulgar mensagens com "claro conteúdo de incentivo e instigação a ataques ao Supremo Tribunal Federal e apoio ostensivo à intervenção estrangeira no Poder Judiciário brasileiro".
"Primeiro, um dos filhos do líder da organização criminosa, Eduardo Bolsonaro, articula criminosamente e de maneira traiçoeira contra o próprio país, inclusive, abandonando seu mandato parlamentar", escreveu Moraes na decisão deste sábado. "Na sequência, o outro filho do líder da organização criminosa, Flávio Bolsonaro, insultando a Justiça de seu país, pretende reeditar acampamentos golpistas e causar caos social no Brasil, ignorando sua responsabilidade como senador da República", completou.
O magistrado comparou a vigília aos acampamentos diante de instalações militares que ocorreram logo após a derrota do ex-presidente para Luiz Inácio Lula da Silva nas urnas. Ele também afirmou que, ao convocar o ato "nas proximidades" da sua casa do ex-presidente, Flávio fez "uso do mesmo modus operandi, empregado pela organização criminosa que tentou um golpe de Estado em 2022". Segundo Moraes, foi usada a "metodologia da milícia digital para disseminar por múltiplos canais mensagens de ataque e ódio contra as instituições".
Neste domingo, Bolsonaro passará por audiência de custódia, por videoconferência. O procedimento é necessário para determinar se a prisão preventiva se mantém ou se ele poderá responder ao processo em liberdade. Participam representantes da Procuradoria-Geral da República e da defesa. Além disso, os advogados do ex-presidente devem apresentar, em até 24 horas, uma resposta sobre a tentativa de violação da tornozeleira.
Nesta segunda-feira, a Primeira Turma do STF abrirá uma sessão virtual extraordinária para avaliar a decisão que embasou a prisão preventiva. A Primeira Turma é formada por Flávio Dino (presidente), Cármen Lúcia, Alexandre de Moraes e Cristiano Zanin. O colegiado foi o responsável por julgar a ação penal da tentativa de golpe de Estado, que apontou o ex-chefe do Executivo como o líder da trama criminosa, que tinha como objetivo mantê-lo no poder após derrota nas urnas em 2022. Ele foi condenado a 27 anos de prisão.
Nesta segunda-feira, também se encerra o prazo para a apresentação de novos recursos à ação penal da tentativa de golpe. Os primeiros embargos foram rejeitados por unanimidade pela Primeira Turma. A expectativa é de nova rejeição, pois a Corte pode entender que a insistência busca apenas atrasar o processo. Quando houver trânsito em julgado, terá início a execução da pena, etapa em que Bolsonaro será transferido para uma unidade prisional em regime fechado.
Na decisão, Moraes também mencionou a proximidade da casa do ex-chefe do Executivo com embaixadas. Bolsonaro mora no Condomínio Solar de Brasília, no Jardim Botânico, localizado a menos de 20 minutos de embaixadas com a dos Estados Unidos, a da Argentina e a da Hungria.
O ex-presidente está proibido de chegar a 200 metros das embaixadas em Brasília, por ordem do STF. A representação dos Estados Unidos fica a 11,7km de distância, ou 13 minutos de carro. A da Argentina está a 13,3km, e 14 minutos de carro. A Embaixada da Hungria fica a 15,2km, o que equivale a cerca de 17 minutos de trajeto (veja mapa).
Em 2024, Bolsonaro passou duas noites na Embaixada da Hungria, de 12 a 14 de fevereiro. Ele dormiu na representação diplomática após ser alvo de uma operação da Polícia Federal sobre os atos golpistas de 8 de janeiro de 2023, que culminaram na depredação dos prédios dos Três Poderes.
Fugitivos
Moraes citou os casos dos deputados Alexandre Ramagem (PL-RJ), Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e de Carla Zambelli (PL-SP), que deixaram o país diante do risco de prisão. Segundo ele, havia ameaça concreta de fuga de Bolsonaro.
"Não bastassem os gravíssimos indícios da eventual tentativa de fuga do réu Jair Messias Bolsonaro acima mencionados, é importante destacar que o corréu Alexandre Ramagem Rodrigues, a sua aliada política Carla Zambelli, ambos condenados por esta Suprema Corte; e o filho do réu, Eduardo Nantes Bolsonaro, denunciado pela Procuradoria-Geral da República no Supremo Tribunal Federal, também se valeram da estratégia de evasão do território nacional, com objetivo de se furtar à aplicação da lei penal", escreveu Moraes.
Zambelli está presa cautelarmente em Roma desde julho. O Brasil pediu a extradição dela, que foi condenada a 10 anos de prisão e à perda do mandato pelo STF, por causa da invasão aos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ).
Eduardo Bolsonaro está nos Estados Unidos e virou réu no Supremo por coação no curso do processo. Segundo a PGR, ele atuou para atrapalhar o andamento do processo da tentativa de golpe de Estado, que levou à condenação de Jair Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão.
Já
Ramagem foi visto em condomínio de luxo em Miami, nos Estados Unidos, após ser
sentenciado pelo Supremo por participação na trama golpista. Com ele estava com
passaporte retido, a Polícia Federal investiga se o parlamentar atravessou a
fronteira de carro a partir de Boa Vista e, a partir daí, se deslocou para
território norte-americano. A suspeita é de que o condenado tenha usado o
passaporte diplomático para viajar.
Publicado
originalmente no Correio Braziliense
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| A importância da negociação foi reconhecida por Trump, ao citar Lula no documento em que divulgou a sua decisão (Foto: Reprodução/Getty Imagens) |
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Vereadores de três municípios do Cariri cearense tiveram mandatos cassados por denúncias de fraudes à cota de gênero nas eleições municipais de 2024. 7 parlamentares foram condenados à perda dos mandatos, mas ainda aguardam julgamento do Pleno do Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) em relação aos embargos de declaração apresentados.
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| Doutor em direito, servidor de carreira da AGU,Jorge Messias já atuou como consultor legislativo no Senado (Foto: José Cruz) |
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| O Dia da Consciência Negra, celebrado nesta quinta-feira, 20 de novembro (Foto: Fco Fontenele) |
Entre os povos Akan, grupo étnico da África Ocidental, surgiu a filosofia Sankofa, simbolizada por um pássaro que voa olhando para trás. O pássaro carrega um ovo no bico, o futuro. A imagem vem do provérbio “não é tabu voltar atrás e buscar o que esqueceu”, usado para ensinar que ninguém caminha para o futuro sem reconhecer o próprio passado e que a memória é o que sustenta a continuidade de um povo.
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| O presidente Lula com o presidente da Câmara, Hugo Motta |
A aprovação do PL Antifacção por 370 votos a 110, em meio à maior operação da Polícia Federal desde o início do governo Lula, pode ser um ponto de ruptura entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), que estão em rota de colisão e trocam farpas pelas redes sociais. De um lado, uma derrota legislativa contundente em um tema tão sensível, a segurança pública, mostrou a fragilidade da base de apoio do governo na Câmara e pôs em xeque sua governabilidade. De outro, revelou o grau de infiltração do Banco Master no sistema político e financeiro, com ramificações que atingem diretamente o núcleo do Centrão que hoje comanda a Câmara.
Acaso ou não, a coincidência temporal dos fatos elevou a temperatura política em Brasília, que só não está mais aquecida por causa do feriadão desta quinta-feira, Dia da Consciência Negra, dedicado a Zumbi dos Palmares. A semana foi curta, mas o suficiente para escancarar a deterioração acelerada da relação entre Lula e Motta. Por trás de tudo, segurança pública e escândalos financeiros se tornaram eixos de um conflito institucional mais profundo e de um divisor de águas eleitoral.
A crise do Master desmontou uma engrenagem de proteção política que vinha funcionando nos bastidores de Brasília. O controlador do banco, Daniel Vorcaro, preso quando tentava embarcar em um jatinho para o exterior, investiu pesado na construção de blindagem institucional. Patrocinou eventos em Londres com a participação de autoridades e parlamentares influentes. Em Brasília, as digitais de Vorcaro apareceram em iniciativas legislativas destinadas a fragilizar a autonomia do Banco Central, entre elas o requerimento de urgência do deputado Cláudio Cajado (PP-BA), porta-voz da ala do Centrão que hoje trava guerra aberta contra o Planalto.
Quando a PF deflagrou a operação que levou à prisão de Vorcaro, as reações na política foram imediatas. A revelação de que o banco movimentava cifras bilionárias de origem suspeita, recebia aportes de fundos de previdência estatais e mantinha relações com alvos da Operação Carbono Oculto acendeu todas as luzes de alerta no bloco União-PP, que domina a Câmara sob liderança de Hugo Motta. A percepção no Planalto é de que esse setor passou a ver a Polícia Federal como ameaça direta — o que ajuda a explicar o empenho de Motta em fortalecer um relator alinhado à oposição para o PL Antifacção: o deputado Guilherme Derrite (PP-SP).
A relatoria de Derrite foi o catalisador do conflito. O governo enviou ao Congresso um projeto calibrado, que endurecia penas e ampliava mecanismos de investigação, mas preservava competências federais. Derrite tentou redesenhar o texto em várias versões sucessivas: quis subtrair atribuições da PF, transferindo poderes para polícias estaduais; defendeu conceitos jurídicos que poderiam gerar brechas para líderes de facção; estimulou a redação de dispositivos que, na avaliação de técnicos do Executivo, poderiam beneficiar criminosos. Para o Planalto, não se tratava apenas de divergências técnicas, mas de um movimento político organizado para enfraquecer a PF exatamente no momento em que operações sensíveis atingiam figuras centrais do Centrão e do mercado financeiro.
Confronto
aberto
Hugo Motta disse a que veio como presidente da Câmara ao conduzir esse processo. Foi ele quem cacifou Derrite como relator, a pedido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), seu correligionário, e ignorando olimpicamente as objeções do governo. Também mostrou capacidade de liderança e mão firme ao aprovar, a toque de caixa, uma versão que contraria frontalmente os interesses do Executivo. A larga margem de votos na votação final — mais de 70% da Casa — desnudou o isolamento do governo e a força da articulação conduzida por Motta.
Para o Palácio do Planalto, o presidente da Câmara assumiu posição de confronto deliberado, movido por uma ala do Centrão liderada pelos presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antônio Rueda. Ambos tentam impor ao governo derrotas estratégicas e, simultaneamente, criar mecanismos legislativos de contenção da Polícia Federal e blindagem dos parlamentares enrolados nos inquéritos sobre desvio de verbas de emendas parlamentares, que correm sob sigilo de justiça no Supremo Tribunal Federal (STF).
A percepção de que as operações da PF poderiam avançar sobre políticos, governadores e fundos de previdência controlados por políticos do Centrão gerou a forte reação da Câmara, com uma narrativa política legitimadora centrada na segurança pública. Foi assim que o PL Antifacção tornou-se o grande pomo da discórdia. Derrite havia dado uns três dribles a mais, mas recuou após forte reação técnica e pressão pública para o que era essencial do ponto de vista da oposição: deixar os crimes de colarinho-branco fora do endurecimento das penas e destinar parte do orçamento da segurança pública para os estados, em vez da Polícia Federal.
Diante
desse desfecho, a alternativa do governo é mitigar o projeto no Senado, cujo
presidente, senador Davi Alcolumbre (União-AP), escolheu o senador Alessandro
Vieira (MDB-SE), um oposicionista moderado, para relatar o texto.
Publicado
originalmente no Correio Braziliense
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Lula enfatiza confiança em negociadores na reta final da COP30
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| Membros do Conselho Tutelar de Altaneira com autoridades da SSPDS (Foto: Reprodução/Instagram) |
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| Sessão na Câmara: relator apresentou seis versões do texto ao longo de duas semanas, a última pouco antes do debate em plenário (Foto: Bruno Spada) |
Segurança pública é uma área particularmente complexa no poder público. Claro que educação e saúde são tremendamente intrincadas e desafiadoras. Mas, pelo menos em tese, não há ninguém trabalhando contra. Em princípio, não há um agente contra a qualidade da educação, alguém que não queira que as pessoas tenham bom atendimento na rede hospitalar. Na teoria. Já a segurança pública lida com adversários — e eles estão cada vez mais organizados.
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| A lei veda o uso de novas formas de flexão de gênero e de número das palavras da língua portuguesa (Foto: Ricardo Stuckert) |
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| Na sessão de despedida os desembargadores Daniel Carvalho e Luciano Mais destacaram a produção alcançada em seus gabinetes (Foto: Reprodução/TRE-CE) |
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| Vereador Paulo Robson é o presidente e o vereador Junior Paulino é o relator da Comissão (Fotos: Marcos Lima) |
O vereador Paulo Robson (PSB), presidente da Comissão Permanente, anunciou na Sessão Ordinária da Câmara Municipal de Altaneira realizada na noite de ontem (17/11) que apresentará um pedido de destituição do vereador Junior Paulino (PT) da função de relator, por faltas não justificadas.
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| A principal razão para a mudança é facilitar a verificação de dados (Foto: Reprodução/MJ) |
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| Oferta de água também diminuirá, com mais calor e mais evaporação (Foto: Fábio Lima) |
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| Ao lado das ministras Marina Silva e Sônia Guajajara, o presidente da COP30, Corrêa do Lago, debate com ativistas da Cúpula dos Povos (Foto: Tânia Rêgo) |
Considerado o único "dia de folga" da 30ª Conferência das Nações Unidas para Mudanças Climáticas (COP30), o domingo (16/11) foi marcado pelo evento que finalizou as mobilizações da Cúpula dos Povos, em Belém. No encontro, os organizadores leram uma carta construída por povos tradicionais do mundo todo e assinada por 1.109 organizações sociais e políticas, que foi entregue ao presidente da conferência, embaixador André Corrêa do Lago.
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| Prefeito Roberto Filho do Iguatu e Gledson Bezerra do Juazeiro (Foto: Reprodução/Facebook) |
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| Gledson é prefeito de Juazeiro e Roberto Filho comanda o Iguatu (Foto: Reprodução/Instagram) |
Após meses de reviravoltas, o Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE) decidiu ontem pela improcedência da ações que pediam a cassação dos prefeitos de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), e de Iguatu, Roberto Filho (PSDB). Atualmente, os municípios são as duas principais máquinas municipais comandadas pela oposição no Ceará. Caso de Iguatu acabou ganhando caráter surpreendente, com direito a empate inédito no pleno do TRE-CE. Atualmente desfalcado em um membro, a Corte acabou "rachando" no caso com três votos pela condenação e outros três pela condenação de Roberto Filho e seu vice, Francisco das Frutas (PSDB). Diante do impasse, o pleno definiu pela manutenção do resultado das eleições.
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| A Diocese de Crato estuda a possibilidade de transformar o local em santuário (Foto: Carlos Maxuel) |
O município do Crato, no Cariri cearense, inaugurou na noite de ontem (13/11) o maior monumento dedicado a Nossa Senhora de Fátima do mundo, com 54 metros de altura, localizado no Barro Branco. A inauguração reuniu milhares de pessoas e foi marcada por uma programação religiosa e cultural.
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| A ministra Marina ressaltou que a expectativa é de ampliar ações conjuntas entre áreas protegidas dos países amazônicos (Foto: Marcelo Câmara) |
A ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva, afirmou nesta quinta-feira (13/11), que a retomada da Comissão de Ministros de Meio Ambiente da Amazônia marca um novo ciclo de integração sustentável entre os países da região. A declaração foi dada durante coletiva de imprensa na Zona Azul da COP30, em Belém.
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| Prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra e seu vice Tarso Magno (Foto: Thiago Sousa) |
Após o adiamento do julgamento sobre ação de cassação no Tribunal Regional Eleitoral do Ceará (TRE-CE), o prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson Bezerra (Podemos), afirmou que espera um desfecho positivo para o caso. A votação será retomada na próxima sexta-feira, 14.
O julgamento foi interrompido após pedido de vistas do desembargador Emanuel Leite. O relator do caso, Leonardo Roberto Oliveira, votou para cassar o prefeito e o vice, Tarso Magno (PP).
“O doutor Emanuel pediu vistas para poder emitir o seu voto com mais segurança. E eu acredito que na sexta-feira, se Deus quiser, vai ser colocado um ponto final", disse Glêdson.
O relator acompanhou a decisão do juiz de primeira instância, Gustavo Henrique Cardoso, da 27ª Zona Eleitoral. A Ação de Investigação Judicial Eleitoral (Aije) envolve supostos gastos ilícitos de campanha e prática de abuso de poder político e econômico.
A
acusação se refere a uma suposta distribuição de aparelhos auditivos, próteses
dentárias e cestas básicas durante período eleitoral de 2024. O advogado que
representa o prefeito, Damião Tenorio, disse que a cassação de Glêdson em
primeira instância foi a decisão mais "medonha, teratológica e
estapafúrdia da história da Justiça Eleitoral do Ceará".
Ministério Público Eleitoral do Ceará recomendou ao TRE a anulação da
decisão que cassou os diplomas do prefeito de Juazeiro do Norte, Glêdson
Bezerra, e do vice, Tarso Magno. O parecer foi emitido pela Procuradoria
Regional Eleitoral auxiliar, que avaliou não haver provas suficientes para
sustentar a condenação de primeiro grau.
Publicado
originalmente no portal O Povo +
Leia também:
Juazeiro do Norte: relator vota para cassar prefeito Glêdson
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| Na CCJ Paulo Gonet defendeu a atuação técnica da PGR (Foto: Waldemir Barreto) |
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| Os prefeitos Gledson Bezerra e Roberto Filho afirmaram que continuam confiantes na Justiça Eleitoral (Foto: Reprodução/Instagram) |
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| Estudos mostram que as mudanças climáticas são uma das maiores ameaças à saúde pública neste século (Foto: Wilton Júnior) |
O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) levantou a discussão sobre o envelhecimento da população em um ritmo muito mais rápido do que os países desenvolvidos e em desenvolvimento. Esse é um problema que o governo precisará se preocupar, assim como as mudanças climáticas, que exigem maior proteção aos riscos, tanto do envelhecimento da população quanto do aumento da frequência de desastres climáticos devido ao aquecimento global. Foi esse o tema do debate do segundo dia de eventos da Casa do Seguro, em paralelo à 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre mudanças climáticas (COP30).