18 de setembro de 2022

A reta final de um 1º turno acirrado, por Carlos Mazza

Capitão Wagner Elmano de Freitas e Roberto Claudio em debate no grupo O Povo (Montagem sobre fotos de Fco Fontenele)

A se julgar pela última semana, os próximos dias prometem intensas emoções e acirramento dentro da disputa pelo Governo do Ceará. Nos últimos dias, o que se viu pelo Estado foi um tensionamento especialmente entre as campanhas de Elmano Freitas (PT) e Roberto Cláudio (PDT), ex-aliados que brigam por um espaço no 2º turno contra um Capitão Wagner (UB) hoje confortável na primeira posição.

Mostrando votação consolidada e poucos recuos em todos os levantamentos de intenção de votos, Wagner já é franco favorito para encerrar a primeira etapa na disputa à frente dos demais competidores. Com isso, fica mais explícito (e duro) o embate entre Elmano e RC nessa etapa da disputa. Pressionado pelo crescimento do petista, o candidato do PDT tem sido quem, até agora, mais subiu o tom contra adversários na disputa. Isso ficou claro já na última segunda-feira, em debate do Grupo O POVO de Comunicação entre os candidatos.

Na última semana, o embate acabou atingindo mais diretamente a relação entre Roberto Cláudio e a governadora Izolda Cela, ex-pedetista que tem evitado se manifestar abertamente sobre a disputa. Ampliando o desgaste interno entre ex-aliados, RC levou ao Horário Eleitoral imagens de uma operação da Polícia Federal que buscava iniciar uma apuração sobre denúncias que sua coligação apresentou à Justiça Eleitoral.

A acusação, no entanto, acabou sofrendo dois contratempos na própria Justiça, que admitiu - embora ainda não exista qualquer julgamento do mérito das denúncias - já possuir parte das informações requisitadas, como suspendeu a veiculação das imagens na propaganda do pedetista. Em resposta, Elmano e seus aliados também subiram o tom contra o ex-prefeito, em debate que ainda parece longe de acabar.

Diante de tanta polêmica, resta uma dúvida óbvia: até onde deverá continuar o tensionamento entre ex-aliados? Vale lembrar que, qualquer que sejam os dois candidatos alçados ao segundo turno da disputa, nenhum poderá se dar ao luxo de não buscar o apoio do terceiro colocado. Com ataques cada dia mais duros de parte a parte, esta recomposição parece cada vez mais difícil - e improvável.

Publicado originalmente no portal O Povo Online

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