4 de setembro de 2022

Cid pede voto em Ciro, Camilo e adota silêncio sobre governador

O senador Cid Gomes adesivou veículos nas ruas de Sobral (Foto: Reprodução/Facebook)

Ausente das articulações que definiram a candidatura do PDT a governador e tiveram como desdobramento o fim da aliança que administrava o Ceará desde 2007, o senador Cid Gomes (PDT) participou pela primeira vez de um ato de campanha. Ontem (03/09) em Sobral abordou carros para pregar adesivos de dois de seus candidatos, justamente os protagonistas do rompimento: o irmão dele e candidato a presidente, Ciro Gomes (PDT), e o ex-governador e candidato a senador Camilo Santana (PT).

Sobre a eleição para governador, Cid não se posicionou a favor de nenhum dos candidatos, nem o fará no 1º turno, conforme informou. "Por razões alheias à minha vontade, contra a minha vontade, essa aliança se desfez agora. Eu tenho esperança de que essa relação possa ser reatada no 2º turno. Para que aconteça, eu vou me preservar no 1º turno para tentar ser o catalizador, o cupido da renovação dessa aliança no 2º turno."

O partido dele tem Roberto Cláudio como candidato a governador, com apoio decidido de Ciro. O PT de Camilo lançou Elmano Freitas (PT). Além disso, o PDT tem Érika Amorim como candidata ao Senado, contra Camilo, este último apoiado por Cid.

Ao responder sobre o porquê de não pedir voto para Roberto Cláudio, ele justificou, e repetiu que não queria o rompimento: "Se eu for tomar partido agora, chancelando essa quebra de aliança, eu vou encontrar dificuldades de reatar essa relação no 2º turno. E a eleição no Ceará, a meu juízo, não se decidirá no 1º turno. No 2º turno, é importante que a gente mantenha os canais abertos. Como isso foi contra a minha vontade, essa separação, a melhor conduta que eu achei foi essa. Vou trabalhar pelo Ciro, vou trabalhar pelo Camilo para senador. Vou trabalhar pelos nossos deputados federais, nossos deputados estaduais. Mas governador, eu vou me preservar para o 2º turno."

Todas as pesquisas realizadas até agora apontam o candidato do União Brasil, Capitão Wagner, na frente na briga por uma vaga no 2º turno. Durante o adesivaço da manhã de sábado, não havia nenhum material de campanha de candidatos a governador.

Questionado se o fato de não declarar apoio ao candidato do PDT não coloca em risco a candidatura de Roberto Cláudio, o senador colocou uma prioridade acima dessa. "Eu não quero colocar em risco é a aliança, que infelizmente apartou-se, mas eu tenho esperança de que ela se renove no segundo turno."

Cid recordou o início da aliança, em 1996, quando foi eleito prefeito de Sobral pelo PSDB, com apoio do PT. "Eu me sinto meio que patrono dessa aliança, que depois se estendeu para o Estado", definiu.

Na sexta-feira, véspera do ato de Cid em Sobral, Roberto Cláudio fez campanha na cidade. Não estavam presentes nem o senador nem o prefeito Ivo Gomes (PDT).

Cid Gomes estava retraído pelo menos desde o fim de maio. Afastou-se de sessões do Senado e, sobre política, fez algumas poucas manifestações em favor de Ciro, pelas redes sociais. Na última semana, voltou a participar de sessão presencial do Senado, mas entra de licença por quatro meses a partir de segunda-feira (05/09) e abrirá espaço para o segundo suplente, Júlio Ventura Neto (PDT).

Com informações portal O Povo Online

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