14 de março de 2020

Brasil é um Boeing comandado por "chimpanzé metido a engraçado", diz Ciro

Ciro Gomes fala no Congresso Nacional de Gestão Pública para Resultados (foto: Thais Mesquita)
O ex-governador Ciro Gomes (PDT) criticou ontem (13/03) as respostas que o Governo Federal tem dado à crise que se instaurou no País com a disseminação do coronavírus. Segundo o pedetista, o Brasil é "um Boeing sofisticado, complexo, que está com uma das turbinas queimada e tem na cabine de comando um chimpanzé metido a engraçado, que é o Bolsonaro".

Ciro também direcionou suas críticas ao ministro Paulo Guedes (Economia). "É um copiloto de videogame, não conhece o avião, não conhece o Brasil. O céu piorou muito, mas o problema já era o avião com a turbina queimada", acrescentou.

As declarações foram dadas ao jornal O POVO após congresso sobre gestão pública organizado pela Secretaria do Planejamento do Estado (Seplag), realizado no Centro de Eventos do Ceará (CEC).

Para Ciro, o pacote de Guedes para a crise, encaminhado ao Legislativo nesta semana, "é apostar no mais do mesmo e prescrever veneno para um doente profundamente envenenado".

"Se você tem uma brutal retração de capitais, o que acontece com o preço dos ativos? Cai. É hora de vender ou segurar? Como resolve a questão fiscal brasileira? É arrochando demanda, que comprime 60% da ativação do PIB, que é o consumo das famílias, como estão fazendo?", questionou o ex-ministro. "É evidente que é o oposto. Se quer resolver o problema, tem que reestruturar o passivo das famílias."

Ciro defendeu então a suspensão do teto de gastos, medida que impede o aumento do investimento público em momentos de grave encolhimento da atividade econômica.

"O teto de gastos tem que ser revogado, pura e simplesmente. Na campanha eleitoral, eu chamei a atenção de todos os candidatos. Só no Brasil se comete um contrassenso desses", afirmou. "Eu dizia, falando em tese", continuou o ex-governador do Ceará, "e se acontecer uma guerra, se acontecer uma epidemia? Lamentavelmente a epidemia vai acontecer".

O ex-presidenciável comentou ainda sobre o impacto da pandemia de coronavírus no País. "A epidemia de coronavírus vai acontecer. Não tem nada de pânico, tem que ter preocupação", disse.

"Mas o sistema hoje, sob o ponto de vista de leitos de internação, UTIs, especialmente para as populações mais vulneráveis e idosas, dentro de 20 dias estará na iminência de ser colapsado, se os mesmos números que aconteceram por aí afora também acontecerem no Brasil", concluiu.

Com informações portal O Povo Online

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