28 de março de 2020

Na tevê, Bolsonaro diz que "maior remédio pra qualquer doença é o trabalho"


O presidente desconfia que alguns estados estejam “inflando os números” (Foto: Reprodução/YouTube)
A preocupação do presidente Jair Bolsonaro diante da proliferação de casos de Covid-19 no país, por enquanto, tem sido com a economia. E nesta sexta-feira (27/03), ele pediu que os brasileiros voltem ao trabalho, mesmo diante das recomendações de autoridades sanitárias para o isolamento social. “O Brasil tem que trabalhar. O maior remédio pra qualquer doença é o trabalho. Temos que trabalhar”, frisou o mandatário brasileiro.

Em entrevista ao programa Brasil Urgente, ele alertou que os brasileiros não devem ficar confinados em casa. A quarentena obrigatória estabelecida por alguns estados, para Bolsonaro, é inaceitável. “Não podemos agir dessa maneira irresponsável. Que o vírus vem, mais forte ou mais fraco, ele vem. É igual uma chuva. Se ela vai aparecer, você vai se molhar e toca o barco. Você não pode é simplesmente se esconder, se enclausurar e dizer: ‘vou ficar de quarentena três, vinte, não sei quantos dias em casa, e tá tudo bem’. Tudo bem, não. Não é assim”, criticou.

Bolsonaro ainda destacou que “o dia seguinte (à pandemia) tá se demonstrando bastante sombrio pra economia brasileira”. “Aí falam: ‘ah, tá preocupado com economia e não com vida’. Não é isso. O Brasil, com a economia quebrada, teremos perdas de vida gigantescas após esse problema. Nós estamos batendo, há muito tempo, que não podemos abandonar a questão do emprego. Porque a segunda onda será enorme, terrível. E o Brasil, sem economia, ele não anda”, disse o presidente.

O mandatário brasileiro garantiu que o governo federal está “tomando providências para que, quem tem emprego, vá trabalhar”. “Porque depois que perder, vai levar anos pra conseguir novamente de volta e as consequências são enormes. O povo tem que trabalhar. O povo tem que ir pra rua trabalhar”, alertou Bolsonaro.

Além disso, o presidente criticou que alguns estados estejam “inflando os números” de mortes causadas pelo novo coronavírus. “A conta pra pagar depois desse exagero por parte de alguns chefes Executivos vai ser muito alta, e o Estado não tem como socorrer essa gente toda. Nós temos uma dívida de R$ 4 trilhões. A nossa conta vai ficar acima de R$ 200 bilhões, no momento. Essa conta vai ter que ser paga um dia. Agora, chega um ponto que a gente pode não ter como pagar essa conta também. O que vai acontecer com o Brasil? Vão quebrar o Brasil por conta do vírus?”, reclamou Bolsonaro.

Por fim, o presidente disse que “se perdurar essa quarentena, no meu entender, abusiva, além do natural, o efeito pra economia do Brasil vai ser muito pior do que os efeitos dos caminhoneiros lá atrás (em 2018)”. “Não podemos ter um remédio que final das contas a dose vai ser tão grande que o número de problemas vai ser muito maior que o vírus em si. É questão de bom senso”, analisou.

Com informações portal Correio Braziliense

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