21 de abril de 2010

PT está "totalmente zen", garante Luizianne Lins


"Totalmente zen". É assim que a presidente do PT estadual e prefeita de Fortaleza, Luizianne Lins (PT) definiu a situação do PT, num claro recuo em relação às pressões das últimas semanas para que o governador Cid Gomes (PSB) batesse o martelo sobre a composição de seu arco de aliança na busca pela reeleição. Ontem, petistas reafirmaram apoio ao governador e sinalizaram uma ``espera`` , apesar de rechaçar aliança com o PSDB.

A pressão que o PT estaria fazendo para retirar o PSDB e a candidatura do senador Tasso Jereissati (PSDB) da jogada estremeceu a relação entre petistas e Cid nas últimas semanas. A ameaça de uma articulação para candidatura alternativa e a aproximação com o PR de Lúcio Alcântara, principal adversário de Cid, fizeram os ânimos se acirrarem ainda mais.

Depois do irmão, deputado Ivo Gomes (PSB), receitar ``maracugina`` para que os petistas respeitassem o calendário do PSB, Cid enfatizou que não ia ceder a pressões.

E deu certo. Além de reiterar a resolução do Diretório Estadual, em que o PT coloca o apoio à candidatura de Cid Gomes, o partido manteve que pretende continuar com o cargo de vice-governador e ``relançou`` a candidatura do deputado estadual, José Pimentel(PT) , para o Senado.

Garrafas de café
Em uma reunião de cerca de três horas na manhã de ontem, chegou-se à conclusão de adiar o encontro estadual do PT, que seria no próximo dia 24, para o dia 22 de maio. Com a promessa de finalmente tirar uma decisão definitiva sobre a estratégia que vai adotar no Ceará.

Luizianne evitou falar em decisões formais enquanto as "coisas não se consolidarem". Mas O POVO apurou que a legenda estaria se "preparando" para um eventual rompimento com os hoje aliados.

"A gente fica antecipando muitas vezes, e aí ainda dizem que a gente está precisando se acalmar. O PT está tranquilo. A gente precisou até de umas quatro garrafas de café aqui``, afirmou a petista.

Dor de cabeça
Com relação à maior dor de cabeça do PT com relação a Cid - o PSDB - Luizianne disse ser ``impossível`` os dois partidos subirem no mesmo palanque no Ceará. ``Nós queremos o PSDB fora da aliança formal. Isso é um fato. Então pronto. Nós vamos e ele não vai. Era o melhor cenário para nós``.

A dirigente petista disse ainda que trabalha com fatos e que como não ouviu da boca do governador que ele pretende apoiar Tasso, avalia como ``improvável`` essa possibilidade. ``Nós estamos contando é com a possibilidade de formarmos uma chapa, que possibilite a reeleição do governador Cid Gomes e ele apoiará o nosso candidato ao Senado``.

Giselle Dutra
giselledutra@opovo.com.br

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