12 de novembro de 2017

Para Camilo, críticas de Tasso ao governo são absurdas

O governador Camilo Santana (PT) reagiu ontem (11/11) às acusações do senador Tasso Jereissati, que declarou que o petista é “mandado” pelos Ferreira Gomes. O tucano classificou o grupo liderado pelos irmão Cid e Ciro Gomes (PDT) como “oligarquia”. Para Santana, a crítica é um “absurdo”.

“Lamento muito que esse absurdo venha de alguém que há poucos dias me fazia elogios. Minha resposta é continuar trabalhando firme pelo povo do Ceará, como tenho feito todos os dias”, respondeu Camilo. “Não tenho tempo a perder com esse tipo de discussão”, continuou.

O episódio de Tasso Jereissati falando das relações entre os Ferreira Gomes com o Palácio da Abolição, durante a convenção estadual do PSDB, na última sexta-feira, 10, é a primeira crítica pública do senador tucano dirigida ao governador Camilo Santana. Antes do caso, o comportamento de ambos era bem diferente. O petista já teceu elogios a Tasso Jereissati e o senador chegou a dizer, inclusive, que Camilo tinha um “jeitão de tucano”.

A assessoria do senador informou que ele viajou para o exterior e “provavelmente, não tomou conhecimento” dos comentários.

Na própria sexta-feira, Ciro Gomes subiu o tom do embate com Tasso Jereissati e rebateu, com ironia, a acusação de que a família dele seria uma “oligarquia”. “O Banco do Estado do Ceará (BEC) foi destruído pela oligarquia dos Ferreira Gomes que entregou o dinheiro pros amigos, e os amigos não pagaram e quebraram o banco. Essa oligarquia precisa ser banida do Ceará”, ironizou, referindo-se ao tucano.

O ex-presidente do PSDB no Ceará Luiz Pontes disse que as declarações de Tasso não “denigrem” a imagem de Camilo. “O Ceará todo sabe que quem comanda o Governo hoje é o Ciro”, reforçou. “Se não fosse, Camilo já teria botado pra fora alguns secretários que não gosta e tem que engolir”, cutucou Pontes, evitando citar nomes.

O recém-empossado presidente do PSDB-CE, Francini Guedes, também endossa a acusação de que Camilo Santana é “guiado” pelos irmãos Ferreira Gomes. “Camilo é jovem e trabalhador. Tem todas as condições de caminhar só e dirigir o passo do Ceará”, cutuca.

O deputado tucano Carlos Matos defende que as interferências do grupo extrapolam o Palácio da Abolição e chegam também à Assembleia Legislativa. “Toda a Assembleia recebe o comando do Cid Gomes. Os Ferreira Gomes são realmente líderes do comando político que sustenta o Governo. Nada passa pela Assembleia sem a aprovação deles”, avança.

Com informações portal O Povo Online

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