6 de julho de 2018

Ceará é o estado do Brasil com menor percentual de servidores estaduais


O Ceará é, ao lado do Maranhão, o estado brasileiro com menor porcentagem de servidores públicos estaduais. No total, 1,2% da população cearense ocupa cargos de administração direta ou indireta do Estado. 

Os dados estão no Perfil dos Estados Brasileiros 2017 (Estadic), que apresenta os dados da Pesquisa de Informações Básicas Estaduais, respondida pelos governos dos estados e do Distrito Federal, divulgada ontem pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

O estudo também revela que, de 2014 para 2017, o número de pessoas ocupadas nas administrações diretas e indiretas dos estados e do Distrito Federal diminuiu 5%, passando de 3,173 milhões para 3,016 milhões no período. O número corresponde a 2% da população com 18 anos ou mais. O maior percentual de funcionários públicos está no Acre, com 6,8% das pessoas ocupadas trabalhando no setor público.

Segundo o secretário do Planejamento do Ceará, Maia Júnior, o percentual revela duas faces de uma mesma moeda: se, por um lado, o Estado está com um número enxuto de servidores, a quantidade de servidores aposentados desequilibra a balança econômica.

“O serviço público do Ceará tinha gente em excesso no passado, e isso gerou muitos aposentados. Ao mesmo tempo, dificultou a abertura de editais de concursos nos últimos 30 anos. A curva do concurso começa a ser retomada agora, no governo do Camilo Santana (PT)”, analisou o secretário.

Segundo Maia, hoje o número de servidores do Estado é suficiente, embora algumas secretarias precisem de mais funcionários. “A tendência é que, com a evolução tecnológica, o número de servidores caia ao longo dos anos. Mas isso não significa que não haverá mais concursos, porque nós sempre precisaremos repor. Hoje se precisa de mais médicos do que antes, porque há mais hospitais”, exemplifica.

Maia não avalia a porcentagem como positiva nem negativa. “Isso é uma rotina do serviço público. Os servidores saem e são repostos”. Para ele, no entanto, o ideal é que a maioria das ofertas de emprego seja do setor privado. “Isso é sinal de uma economia equilibrada”.

Se for levado em conta apenas a administração direta dos estados e do Distrito Federal, o número de pessoas ocupadas passou de 2,779 milhões em 2014 para 2,602 milhões em 2017, uma queda de 6,3%. Na administração indireta houve aumento de 4,9%, passando de 393 mil para 413 mil. Quando ao vínculo, 84,5% dos recursos humanos na administração direta eram estatutários no ano passado e 10,3% sem vínculo permanente, além de 3,4% comissionados, 0,9% celetistas e 1% de estagiários.

Segundo o IBGE, esta quinta edição do Estadic consolida um “sistema avançado de informações sobre governos, descentralização, federalismo, gestão e políticas públicas no Brasil”.

PORCENTAGEM DA POPULAÇÃO DE CADA ESTADO FORMADA POR SERVIDORES ESTADUAIS

1º Acre: 6,8%
2º Roraima: 6,2%
3º Distrito Federal: 6,1%
4º Amapá: 6%
5º Tocantins: 5,1%
6º Rondônia: 3,9%
7º Amazonas: 3,1%
7º Mato Grosso: 3,1%
9º Mato Grosso do Sul: 2,6%
10º Piauí: 2,5%
10º Sergipe: 2,5%
12º Minhas Gerais: 2,4%
13º Rio Grande do Norte: 2,3%
14º Paraná: 2,2%
15º Paraíba: 2,1%
16º Goiás: 2%
17º Espírito Santo: 1,9%
17º Pará: 1,9%
19º Pernambuco: 1,8%
20º Alagoas: 1,7%
20º Rio de Janeiro: 1,7%
20º São Paulo: 1,7%
20º Santa Catarina: 1,7%
24º Rio Grande do Sul: 1,5%
25º Bahia: 1,4%
26º Maranhão: 1,2%
26º Ceará: 1,2%

Com informações portal O Povo Online

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