5 de outubro de 2018

7 Presidenciáveis participam do último debate na TV

Presidenciáveis nos estúdios da TV Globo no Rio de Janeiro (Foto: Divulgação)
O último debate dos candidatos à Presidência da República, transmitido na noite de ontem (04/10) pela TV Globo, contou com a participação de sete dos presidenciáveis. Geraldo Alckmin (PSDB), Henrique Meirelles (MDB), Fernando Haddad (PT), Marina Silva (Rede), Guilherme Boulos (PSol), Alvaro Dias (Podemos) e Ciro Gomes (PDT) marcaram presença nos estúdios da emissora. Cabo Daciolo (Patriota) e Jair Bolsonaro (PSL) não compareceram ao encontro. Apesar de já ter recebido alta hospitalar, o Bolsonaro teria recebido orientação médica para não participar do debate. Diante da ausência, teve suas propostas atacadas pelos opositores.

Logo no início do debate, Geraldo Alckmin afirmou que o governo petista "acabou gastando" mais do que arrecadava. Segundo ele, por isso, deixou um deficit elevado. O candidato do PSDB também lembrou que o PT chegou a votar contra o plano real — no governo Itamar Franco — e escolheu atual presidente Michel Temer para compor a chapa com a ex-presidente Dilma Rousseff, que sofreu um impeachment em 2016.

Ao responder à provação, Haddad defendeu a política adotada pelos petistas nos últimos anos. "Os nossos governos foram responsáveis pela melhor economia. No nosso período, a dívida pública caiu pela metade, pagamos o FMI. O que o candidato não reconhece é que depois que o seu partido foi derrotado em 2014, o PSDB se associou ao Michel Temer para sabotar o governo aprovando as chamadas "pautas bombas", explicou o petista.

Na primeira pergunta, o presidenciável do Podemos, Álvaro Dias, escolheu o candidato Henrique Meirelles. Porém, por se prolongar demais, inclusive usar o tempo para tietar o apresentador global, William Bonner, o cronõmetro chegou ao fim e o questionamento não foi feito. Sem ter o que responder, Meirelles criticou as "brigas dos candidatos" e a falta de propostas. "Vocês podem também chamar o Meirelles, que nós vamos desenvolver o Brasil e melhorar a sua vida", contou o emedebista.

Tempos depois, Álvaro Dias provocou o petista, Fernando Haddad. Ao ser questionado pelo apresentador sobre quem ele gostaria de dirigir a pergunta, o candidato foi irônico: "o Fernando Haddad, claro". "No final do programa eu vou entregar a você a real pergunta que o senhor vai levar ao real candidato", disse. A Haddad, questionou foi sobre a atuação da Petrobras num possível governo.

Em resposta, o petista demonstrou descontentamento com as provocações do adversário e questionou a seriedade de Dias. "Em primeiro lugar acho que você deveria ter mais compostura no debate. Não respeita o tempo, as regras e faz brincadeiras com coisas sérias". Sobre o questionamento, ressaltou que o investimento da Petrobras foi "multiplicado por 10". "Sem isso nunca teríamos achado o pré-sal", defendeu.

Sobre o combate às drogas, tema escolhido em sorteio pelo apresentador, Ciro Gomes, questionou a política que o candidato Guilherme Boulos, do PSOL, pretende pôr em prática. Boulos disse que a política de combate às drogas do país está 'falida' e que o modelo precisa mudar. Para ele, os donos do tráfico estão 'mais perto do Congresso do que da favela'. "A droga não nasce no morro, ela vem dos atacadistas. Essa ideia de que o usuário tem que ser atacado está superado em todos os lugares do mundo", informou.

Ciro Gomes utilizou a réplica para fazer críticas ao candidato do PSL, Jair Bolsonaro. Ele afirmou que a indústria de armas Taurus teve um aumento de 180% de suas ações e que possui “várias pessoas associadas à turma do Bolsonaro”.

Aliás, apesar de ausente, Bolsonaro esteve na linha de combate durante quase todo o debate. Foi acusado de "fugir" do diálogo com os outros postulantes ao Planalto. Meirelles, do MDB, disse que a ausência mostra um descompromisso com a população. Em meio a aplausos, a ex-ministra Marina Silva, da Rede, afirmou que Bolsonaro 'amarelou'. Ciro, por sua vez, que tenta se apresentar como opção à dualidade que lidera as pesquisas, buscou associar o capitão reformado ao fascismo.

Sobre segurança pública, Marina Silva, lamentou as mais de 63 mil pessoas assassinadas por ano. Ela, no entanto, contou que pretende "frear" as atividades de "quadrilhas e associações criminosas", que estão migrando, segundo a candidata, para estados que não possuem condições para tratar sobre esse tema. 

"E não vamos permitir que os criminosos fiquem comandando o crime da cadeia. Nós vamos, pelo sistema único de segurança pública, tratar a questão de violência, não só como caso de polícia, mas de justiça econômica e social", esclareceu.

Com informações portal Correio Brasiliense


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