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Roberto Claudio, Chagas Vieira e Capitão Wagner estão no centro das conversas (Foto: Reprodução/Instagram) |
O momento é, também, de se posicionar para estar em boa situação quando as decisões forem tomadas. Alguém pode até querer comer pelas beiradas e ficar quietinho, mas corre o risco de ser atropelado por quem se viabilizar nesse período. As definições virão lá na frente, mas as bases e as condições serão construídas desde já. Assim, é o momento de mandar recados e emitir sinais.
No aquecimento para um jogo que ainda está longe de começar, há uma quantidade enorme de fofocas, blefes e mexericos. Há também muita intriga mal disfarçada na tentativa de criar desunião em relacionamentos ou ainda em fase embrionária ou já atravessando o desgaste do tempo.
A oposição passou a explorar a quantidade de pré-candidaturas de situação ao Senado. “Camilo (Santana) prometeu para sete pessoas diferentes que seriam seus candidatos a senador. Obviamente, aí teremos pelo menos cinco chateados”, disse André no fim de maio, na linha do que passou a ser repetido pelos oposicionistas, ao levantar a hipótese de que acordos não serão mantidos e promessas não serão cumpridas no governismo.
Dias depois, o deputado estadual Carmelo Neto (PL), em resposta ao secretário da Casa Civil de Elmano, Chagas Vieira, também tratou de tentar semear dúvidas na base aliada. Para isso, fez uma analogia bem ao gosto do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), em relação a relacionamentos amorosos.
“Deixa eu usar outra metáfora para ser claro: e se o Elmano souber que o Chagas não é o único que dorme com ele e não para de pensar em nós? Tanta gente pra vir, que precisaríamos de mais vagas na chapa”.
Ação
e reação
Os governistas também sabem semear a discórdia. E foi bem além da intriga e fez movimentos concretos para tentar atrair um dos pilares da oposição estadual. “Nós já tivemos conversas com a União Brasil. Nós sabemos que no União Brasil tem uma divisão, tem parlamentares e lideranças que são da oposição, tem parlamentares que são da base do governo do presidente Lula, tem parlamentares da base do nosso governo. E nós vamos, evidentemente, dialogar permanentemente com todos os partidos que queiram colaborar”, disse o governador na segunda-feira.
O presidente do partido no Ceará, Capitão Wagner, já havia falado sobre os acenos feitos à direção nacional para o partido mudar de lado, com promessa sobre — de novo — vaga de candidato a senador. Se o União Brasil vira a casaca, atrapalha bastante os planos da oposição — a começar por Roberto Cláudio, que recentemente decidiu se filiar, com garantias, segundo ele, de que a legenda seguirá oposição. O incômodo demonstrado pela oposição é crescente. Nesta terça-feira, Wagner divulgou uma nota bem agressiva.
No
mais de ano que falta até a eleição, ainda há por acontecer muita intriga, e
muitas investidas para atrair aliados alheios. As piscadelas trocadas agora
podem dar resultados apenas muito à frente. E, se não derem em nada, mas
causarem noites sem dormir ao lado contrário, já terão cumprido algum papel.
Publicado
originalmente no portal O Povo +
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Wagner descarta União Brasil no palanque de Elmano: "Segue na oposição"
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