1 de agosto de 2023

Arthur Lira afirma que PP está ajudando o governo a seu pedido e do Líder Fufuca

Em entrevista ao Roda Viva, Arthur Lira salientou a importância da articulação política (Foto: Divulgação/TV Cultura)

O presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), disse, em entrevista ao Roda Viva, na noite de 0ntem (31/07), que o Progressista (PP) está ajudado o governo a seu pedido e do líder na Câmara, André Fufuca (PP-MA).

“Meu partido está ajudando o governo a meu pedido e do Fufuca. O presidente Ciro (Nogueira) nunca fez nenhum veto ou movimentação na bancada da Câmara para que não ajudasse nas matérias importantes para o país”, disse o presidente da Câmara. O senador e presidente do PP, Ciro Nogueira (PI), foi ministro do ex-presidente Jair Bolsonaro, mas diferentemente de Lira e outros integrantes do PP, segue como opositor a Lula.

Arthur Lira afirmou ainda que o PP é um partido que costuma contribuir para os governos assim que a compor, oficialmente, a base. O deputado alagoano ainda comentou sobre a articulação e as dificuldades do ministro das Relações Institucionais Alexandre Padilha e disse que os problemas ocorreram por “loteamento de ministérios”. No entanto, Lira entende que houve melhorias da relação da Câmara com o governo.

“A relação tem melhorado bastante. Todos sabemos que o cargo que o ministro Padilha ocupa tem muito prazo de validade. Muita gente entra ali e sai rapidamente, outros saem reconhecidos. O que tem que existir é: senta, conversa, resolve e cumpre. Isso é o que tem que existir numa secretaria de relações institucionais que trata dos interesses do Executivo com a base do Congresso. Padilha, como todos, sofreu dificuldade. Por quê? Loteamento de ministérios. Cada partido é dono do seu quinhão. Cada ministro responde a um partido ou alguma liderança nacional que o indicou. Muitas vezes o ministro Padilha acertava determinadas situações com determinado partido ou parlamentar e o ministro simplesmente não cumpria”, disse.

“Acho que o presidente deveria ser ainda mais radical, se o ministro não cumpre a hierarquia da organização administrativa do governo, ele deveria ser afastado. O que dificultou muito a vida do Padilha é que é um bom companheiro, um sujeito super agradável, mas as coisas não estavam andando e vai desgastando a afinidade para que o cargo dele se dispõe”, complementou Lira.

Emendas parlamentares

Arthur Lira também saiu em defesa do que entende como a política e afirmou que “nunca vai aceitar” a criminalização das emendas parlamentares.

“A emenda é feita pelo município e não vou aceitar nunca a criminalização das emendas parlamentares. Não acho justo pensar que um ministro que não teve um voto não fez concurso para ser ministro, mande R$ 150 milhões para sete estados e municípios da cidade dele usando o mesmo orçamento”, disse o presidente da Câmara. Lira, posteriormente, reafirmou que existe um ministro do governo Lula usando das emendas RP2, para onde as verbas da RP9 - orçamento secreto - foram realocadas para enviar verbas para seu estado com menos transparência que o modelo anterior de repasse.

A resposta de Lira foi após uma pergunta sobre um suposto envolvimento em um escândalo de fraude dos kits de robótica na cidade de Canapi, em Alagoas. O município recebeu R$ 5,8 milhões de emendas do orçamento secreto empenhadas por Lira. Segundo um relatório da Controladoria Geral da União (CGU), as escolas que receberam os kits estavam em condições precárias apesar do recebimento da verba.

Lira afirmou que o questionamento sobre a escola não ter mesa e outros comentários sobre a falta de estrutura como “ignorância e preconceito contra o nordeste”.

Lava-Jato

Em um questionamento anterior sobre o caso, Lira citou práticas da Operação Lava-Jato como “abusivas e injustas”. Ele citou um caso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ex-governador de Minas Gerais e deputado federal, Aécio Neves (PSDB-MG).

Com informações portal Correio Braziliense

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