31 de março de 2019

Bolsonaro faz uso político da memória do golpe militar por Cleyton Monte


As declarações e atos do presidente fortalecem a tese de que não houve golpe em 1964. Os defensores de tal absurdo garantem que as Forças Armadas protagonizaram um conjunto de atos reativos, necessários e legais. 

Bolsonaro e seu grupo são entusiastas do governo de exceção. Contudo, diferente de quando era um deputado do baixo clero que enaltecia a ditadura, o político do PSL hoje representa o Estado democrático de direito.

É justamente contra as instituições democráticas que Bolsonaro vem pautando as ações de governo. Debocha da dor de milhares de famílias traumatizadas. Aprofunda uma lógica de ódio.

Diante do cenário de caos na administração, mobiliza seu exército virtual para tentar desviar o foco da crise e frear a queda de sua popularidade. As instituições responderam com certa timidez.

O presidente do STF já questionou publicamente a tese do golpe de 1964. Os presidentes da Câmara e do Senado tentaram jogar panos quentes. Não é necessário citar as pesquisas sérias comprovando a ruptura institucional e as consequências catastróficas para as mais diferentes áreas.

Só podemos comemorar a reação imediata de brasileiros e estrangeiros que não deixaram de denunciar a farsesca tentativa de reescrever a história.

Publicado originalmente no portal O Povo Online

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