19 de fevereiro de 2023

Os riscos de não vacinar crianças e adolescentes

 Arte de divulgação da campanha de vacinação do Ministério da Saúde (Foto: Reprodução/Twitter)

Tempo de descobertas e mudanças, a adolescência é um importante momento da vida, marcado pelo desejo por independência, por mais tempo fora de casa e pelo enfrentamento de novas questões.

É geralmente nessa fase que os sentimentos afloram, a primeira relação sexual costuma acontecer e quando há o primeiro contato com drogas lícitas e ilícitas. Também nesse período é comum frequentar ambientes de aglomeração, viajar ou compartilhar objetos pessoais — situações que podem favorecer os riscos de adoecimento e tornar esses indivíduos mais suscetíveis a vírus e bactérias.

Diferentemente da vacinação infantil, que é preocupação imediata dos pais, o calendário vacinal de adolescentes acaba passando despercebido, o que pode afetar quem ainda não tem autonomia ou conhecimento suficiente para cuidar da própria saúde.

Seja por desconhecimento ou descuido, não vacinar crianças e adolescentes (faixa etária entre 10 e 19 anos) tem consequências para além do próprio organismo, já que são potenciais transmissores de doenças e facilitadores de surtos, às vezes assintomáticos, inclusive para grupos mais vulneráveis.

Isso porque muitos imunizantes que foram aplicados na infância precisam de doses de reforço na adolescência para que tenham máxima eficiência durante a vida, além da vacinação que já é característica dessa época contra Infecções Sexualmente Transmissíveis (ISTs) como o HPV, por exemplo.

Essa é uma oportunidade, ainda, de analisar se todas as vacinas infantis foram feitas para que, caso não tenham sido, realizar a aplicação.

Imunizar esse público, porém, não é uma tarefa fácil — principalmente no Brasil, que vive uma queda acentuada na cobertura vacinal agravada pela pandemia de Covid-19, com o fortalecimento do negacionismo científico e do movimento antivacina no País.

Somam-se a isso a baixa frequência com que esse grupo visita unidades de saúde, o mito de que vacinas são destinadas exclusivamente a crianças e a influência negativa das fake news.

O resultado são números preocupantes e o perigo cada vez maior de epidemias com doenças graves, preveníveis e já erradicadas em território brasileiro, como é o caso da meningite, que em 2022 vitimou a famosa cantora de forró Paulinha Abelha.

De acordo com o Ministério da Saúde, o Brasil, considerado um país pioneiro em campanhas de vacinação desde 2016, vem apresentando retrocessos. Praticamente todas as coberturas vacinais estão abaixo da meta.

Diante do cenário de baixas coberturas vacinais, desabastecimento, risco de epidemias de poliomielite e sarampo, além da queda de confiança nas vacinas, o Ministério realizou, ao longo do mês de janeiro de 2023, uma série de reuniões envolvendo outros ministérios.

"É importante ressaltar que para todas as estratégias de vacinação propostas, as ações de comunicação e de comprometimento da sociedade serão essenciais para que as campanhas tenham efeito. A população precisa ser esclarecida sobre a importância da vacinação e os riscos de adoecimento e morte das pessoas não vacinadas", informou a pasta, chefiada pela ministra Nísia Trindade.

Com informações portal O Povo Online

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