26 de janeiro de 2024

Em evento na USP, Lula diz que gestão Bolsonaro foi de "ataque à universidade"

Lula recebeu a mais honraria da USP em solenidade comemorativa aos 90 anos de fundação (Foto: Ricardo Stuckert)

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi ovacionado nesta quinta-feira (25/1) ao participar da celebração de 90 anos da Universidade de São Paulo (USP). Ao ser chamado para receber a medalha Armando Salles de Oliveira, maior honraria da instituição, criada em 2008, em homenagem às pessoas, entidades e organizações que contribuem para a valorização institucional, cultural, social e acadêmica, o chefe do Executivo foi recebido ao som de "olé, olé, olé, lá, Lula, Lula".

Durante o discurso, Lula voltou a alfinetar indiretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) apontando desmonte na educação e caracterizando que sua gestão foi do obscurantismo, mas que "felizmente esse tempo ficou para trás"

"Os últimos anos foram de ataque à universidade, à produção científica e à educação como um todo. Tempo da anticiência, do obscurantismo. Felizmente esse tempo ficou para trás", apontou.

Em seu discurso, o presidente exaltou a democracia e disse que a mesma "não está pronta em lugar nenhum. Ela tem que ser construída a cada minuto, a cada hora, a cada gesto. Por isso estou muito feliz em ter o companheiro Alckmin como meu vice", disse ao relembrar que ambos eram adversários históricos.

Lula também defendeu a Lei de Cotas. "A cada dia que passa, ela vai ficando cada vez mais com a cara do Brasil. Uma cara que é preta, branca, parda, indígena. É a cara das periferias. Hoje, mais da metade dos estudantes da USP vieram da escola pública. Isso significa que, desde sua adesão ao sistema de cotas, a USP está mostrando que para fazer parte do chamado 'berço do conhecimento' não é preciso nascer em berço de ouro".

O petista ainda elogiou que a universidade tenha formado desde presidentes do país a ministros e outras personalidades.

"É com imensa alegria que participo deste momento em que a USP celebra 90 anos de vida e de produção de conhecimento. Eu poderia cumprimentá-la pela formação de 12 presidentes da República e de dezenas de ministros do Supremo Tribunal Federal".

"Embora eu não tenha tido a oportunidade de estudar na USP, fui muito ajudado por homens e mulheres que se formaram pela USP. Por isso, eu sou muito grato a essa universidade", acrescentou.

Ao comentar que a USP está na lista das 100 melhores universidades do mundo, Lula relatou que pediu ao ministro da Educação, Camilo Santana, para que o país consiga mais instituições no rol de excelência.

"Ter apenas a USP no topo do ranking mundial é muito pouco. Eu pedi para o Camilo, disse que precisamos de mais. Podemos ter uma USP em cada estado. Podemos ter muitas outras universidades entre as primeiras do mundo. Não vamos mais desperdiçar as chances de investir em educação".

O governador de São Paulo, Tarcísio Freitas não compareceu ao evento, embora esteja na capital. Ele foi representado por Vahan Agopyan, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação de São Paulo e ex-reitor da USP entre 2018 e 2022.

Em nota, o governador disse que "reitera sua admiração e respeito pela instituição, que há décadas inspira e forma profissionais e líderes nas mais diversas áreas do saber".

Também estiveram no evento o vice-presidente Geraldo Alckmin, o ministro da Educação, Camilo Santana, o ministro dos Direitos Humanos, Silvio Almeida, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, o ministro-chefe das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, a  ministra da Saúde, Nísia Trindade, além da primeira-dama, Janja, e Lu Alckmin.

Com informações portal Correio Braziliense

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