31 de outubro de 2025

Governo anuncia queda de 11% no desmatamento na Amazônia e no Cerrado

Ministras Marina Silva e Luciana Santos ao lados de auxiliares durante coletiva de divulgação dos dados do Prodes 2025 (Foto: Rogério Cassimiro)

A Amazônia e o Cerrado apresentaram uma redução de aproximadamente 11% (cada um) no desmatamento de suas áreas, segundo dados do Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia Legal por Satélite (Prodes) do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) divulgados nesta quinta-feira (30/10) durante coletiva no Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima. Entre 1º de agosto de 2024 e 31 de julho de 2025, a Amazônia teve uma área total de 5.796 km² desmatados, e o Cerrado 7.235 km².

Segundo a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, dados mostram compromisso com desmatamento zero. “A redução do desmatamento na Amazônia pelo terceiro ano consecutivo nesta gestão e no Cerrado pelo segundo ciclo seguido é a confirmação de que a agenda ambiental é prioritária e transversal no governo do presidente Lula. Isso é fundamental para que o país contribua ao enfrentamento à mudança do clima a nível global, o que beneficia diretamente a vida dos brasileiros e brasileiras, que já enfrentam, em diferentes medidas, os impactos crescentes do aquecimento global em forma de eventos extremos, por exemplo”, disse.

A taxa de desmatamento registrada no bioma amazônico é a terceira menor já registrada durante toda a série histórica do Prodes, iniciada em 1988. Na atual gestão do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, foi registrada uma queda acumulada de 50% no desmatamento do bioma em 2025, em comparação com 2022.

O Cerrado, por sua vez, está em seu segundo ano consecutivo de redução no desmatamento, após cinco anos de alta (2019 a 2023). No total de ambos os ecossistemas, foi evitada a emissão de 733,9 milhões de toneladas de dióxido de carbono (CO2) desde 2022, valor equivalente às emissões da Espanha e França somadas naquele ano.

É importante destacar, porém, que apesar das reduções significativas, existem grandes disparidades regionais e concentrações. Na região da Amazônia Legal, ainda segundo o Prodes, os estados que mais contribuíram para a área desmatada total são Pará (2.098 km² ou 36,2%), Mato Grosso (1.572 km² ou 27,12%) — onde foi registrado, inclusive,  um aumento de 25,05% na taxa de desmatamento — e Amazonas (1.016 km² ou 17,53%).

Enquanto isso, as maiores reduções registradas foram no Tocantins (-62,5%) e Amapá (-48,15%).

Já no Cerrado, 77,9% do desmatamento ocorreu na região denominada de Matopiba (Maranhão, 2.006 km² ou 28%; Tocantins, 1.489 km² ou 21%;  Piauí, 1.350 km² ou 19%; e Bahia, 790 km² ou 11%) durante o ano analisado.

Também participaram do evento na pasta do Meio Ambiente Luciana Santos, ministra de Ciência, Tecnologia e Inovação; João Paulo Capobianco, secretário-executivo do MMA; André Lima, secretário extraordinário de Controle do Desmatamento e Ordenamento Ambiental Territorial do MMA; Rodrigo Agostinho, presidente do Ibama; Mauro Pires, presidente do ICMBio; Osvaldo Moraes, diretor do Departamento de Clima e Sustentabilidade do MCTI; Cláudio Almeida, coordenador do Programa BiomasBR (INPE); e Silvana Amaral, coordenadora substituta do Programa BiomasBR (Inpe).

Publicado originalmente no Correio Braziliense

Leia também:

Belém anuncia aplicativo de transporte público para locais da COP 30

Nenhum comentário:

Postar um comentário

A Administração do Blog de Altaneira recomenda:
Leia a postagem antes de comentar;
É livre a manifestação do pensamento desde que não abuse ou desvirtuem os objetivos do Blog.