15 de maio de 2023

Valorização da maternidade precisa ir muito além de belos posts nas redes sociais por Marina Helou

Marina Helou é graduada em Administração Pública pela FGV e deputada estadual em São Paulo pela Rede Sustentabilidade (Foto: Yuri Carvalho)

Maio chegou e é o mês em que comemoramos o Dia das Mães. A segunda maior data do varejo e do comércio, aprendi isso quando trabalhava na Natura, e só vende menos do que no Natal. As redes sociais são inundadas de declarações de amor. E é mesmo bonito.

Eu, como filha que perdi minha mãe recentemente e sinto falta dela todos os dias, entendo que celebrar as mães deveria, não apenas ser um dia especial, mas um privilégio diário.

Como mãe, sei o trabalho que dá ser mãe e o quanto a valorização importa, porém está longe de ser o suficiente. Tanto que até beira a hipocrisia quando paramos para pensar no serviço prestado à sociedade da maternidade.

A estrutura da sociedade em que vivemos é baseada na troca entre indivíduos, a partir da percepção de valor gerada e em uma relação de oferta e demanda. Parece bastante lógico. Mas não é. Existem diversas distorções neste modelo e uma delas é chamada por economistas de externalidades. São impactos gerados nas trocas e relações que não estão contabilizadas, nem economicamente valoradas. 

Quando olhamos para o meio ambiente este é um conceito muito claro: o carbono emitido por uma companhia aérea não é um custo que ela mensura, cobra e tem um valor. É um resultado negativo que fica compartilhado para todos na sociedade. 

E por isso o custo é mais barato do que deveria ser, pois o custo é socializado entre todos. Inclusive aos que não andam de avião.

Publicado originalmente no portal Congresso em Foco

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