30 de dezembro de 2015

Camilo tem mais oposição em um ano do que Cid em oito

Em seu primeiro ano no Executivo, o governador Camilo Santana (PT) enfrentou uma oposição mais forte e articulada na Assembleia Legislativa, em comparação à gestão do antecessor e aliado político Cid Gomes (PDT). 

O resultado desse quadro, que ainda é um reflexo da ruptura local dos Ferreira Gomes com o PMDB, foram debates mais acalorados, longos e um até o pedido para abertura da CPI do Acquario já protocolado. 

O número de deputados de oposição pulou de cerca de quatro parlamentares, até 2014, para 14, em 2015. Vozes novas na Casa, como Audic Mota (PMDB), Capitão Wagner (PR) e Renato Roseno (Psol), passaram a ecoar contra mensagens do Governo. Foi também neste período que secretários de Camilo foram convidados, em alguns casos por opositores, a prestar esclarecimentos na Casa.

Apesar do acirramento de debates, no entanto, base e oposição reconhecem que as discussões tenham sido respeitosas e produtivas.

Para o líder do Governo, Evandro Leitão (PDT), também em seu primeiro ano de mandato, o diálogo tem sido o maior destaque da gestão. “Esses deputados (da oposição) fizeram muitas cobranças e críticas, mas também contribuíram nos ajudando a melhorar projetos do Executivo. Isso porque a nossa posição é de diálogo, sempre buscando o consenso por meio da negociação”, diz.

Leitão destaca que, além de mais robusta, a oposição também é mais qualificada e versátil. O líder também lembra que, apesar de ainda ter número suficiente para vencer as votações, emendas da oposição foram avaliadas e aproveitadas.

O deputado Audic Mota está entre os mais ativos da oposição. Ele conta que conseguiu aprovar metade das emendas que propôs neste ano. “Temos tentado fazer uma oposição inteligente e qualificada, sobretudo, para melhorar os projetos que chegam até nós”, aponta. Ele diz ainda que, embora tenha havido evolução nas relações da oposição, os trabalhos ainda precisam melhorar e há um longo caminho a ser percorrido.

Já Heitor Férrer (PSB), veterano na oposição estadual, pondera que a crise financeira tira um pouco o poder de cobrança da oposição. “Tem de haver a responsabilidade de entender que as coisas vão mal”, avalia. Ele destaca também a abertura do Governo Camilo nas negociações.

Com informações O Povo Online

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