4 de dezembro de 2015

Governadores do Nordeste repudiaram abertura de processo de impedimento de Dilma

Governadores de oito estados do Nordeste repudiaram ontem (03/12) o pedido de abertura de processo de impeachment contra a presidenta Dilma Rousseff. 

Em nota, que foi divulgada pelo governador da Bahia, Rui Costa (foto), eles chamaram o episódio de “absurda tentativa de jogar a Nação em tumultos derivados de um indesejado retrocesso institucional”. O pedido foi aceito na última quarta-feira (02/12) pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ).

A nota dos governadores afirma que não houve prática de crime de responsabilidade por parte da presidenta Dilma e que a decisão de aceitar o pedido de abertura de processo decorreu “de propósitos puramente pessoais, em claro e evidente desvio de finalidade”.

“Diante desse panorama, os governadores do Nordeste anunciam sua posição contrária ao impeachment nos termos apresentados e estarão mobilizados para que a serenidade e o bom senso prevaleçam, diz o texto. Em vez de golpismos, o Brasil precisa de união, diálogo e de decisões capazes de retomar o crescimento econômico, com distribuição de renda”, acrescenta a nota.

Além de Costa, assinam a nota os governadores Camilo Santana, do Ceará; Flávio Dino, do Maranhão; Jackson Barreto, de Sergipe; Ricardo Coutinho, da Paraíba; Renan Filho, de Alagoas; Robinson Faria, do Rio Grande do Norte; e Wellington Dias, do Piauí.

Paulo Câmara, de Pernambuco, foi o único dos governadores do Nordeste que não assinou a nota. Câmara divulgou seu próprio comunicado, no qual evitou criticar abertamente o processo de impeachment que se inicia no Congresso. Ele questionou, porém, o papel de Eduardo Cunha, que enfrenta problemas no Conselho de Ética da Câmara.

O governador disse que Cunha tem sua legitimidade comprometida e “precisa deixar a presidência da Casa”. Câmara defendeu “trabalho duro” para superação da crise e falou em oportunidade para o governo federal “dar um basta na política pequena, de troca de favores para qualquer tomada de posição”.

Ao concluir a nota, Câmara diz que seu partido, o PSB, não votou na presidenta Dilma, nem no presidente da Câmara. "Trilhamos nosso próprio caminho. Essa postura continuará, defendendo as instituições e o respeito à Constituição do país."

O rito de análise do processo do impeachment teve início hoje, com a leitura da denúncia aceita pelo presidente da Câmara. O texto, de 68 páginas, foi lido pelo primeiro-secretário da Casa, Beto Mansur (PRB-SP). Em seguida, o próprio Eduardo Cunha leu a decisão em que acatou pedido de abertura do processo.

Com informações Agência Brasil

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