4 de maio de 2020

Bolsonaro volta a apoiar ato contra o STF e diz que ''chegou no limite''

Em manifestação na Esplanada dos Ministérios, presidente reiterou que tem o apoio do povo e das Forças Armadas (Foto: Evaristo Sá)
O presidente Jair Bolsonaro disse ontem (03/05), ao demonstrar apoio a manifestação a favor do governo e contra o Supremo Tribunal Federal (STF) e Congresso Nacional, que tem o apoio do povo e das Forças Armadas, e e que "chegou no limite". O ato reuniu milhares de pessoas na Esplanada dos Ministérios.

"Peço a Deus que não tenhamos problema essa semana, porque chegamos no limite. Não tem mais conversa, ok? Faremos cumprir a Constituição. Ela será cumprida a qualquer preço, e ela tem dupla mão. Não é a mão de um lado só não", afirmou, dizendo, em seguida, que irá nomear hoje (04/05) o novo diretor geral da Polícia Federal (PF).

A fala do presidente remete à decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes que suspendeu a nomeação de Alexandre Ramagem na direção da PF. No mesmo dia, em discurso na posse do novo ministro da Justiça e Segurança Pública, André Mendonça, o presidente evocou a Constituição. No dia seguinte, chamou de "política" a decisão de Moraes e afirmou que quase houve uma "crise institucional".

Em outro momento, durante o ato deste domingo, Bolsonaro falou novamente que quer a verdadeira independência dos poderes. "Chega de interferências. Não vamos mais admitir. Deixar bem claro isso aí. Acabou a paciência", afirmou.

O presidente estava no Palácio ao lado de sua filha mais nova, Laura, e um dos filhos, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP). Outros parlamentares bolsonaristas também estavam no local, como Bia Kicis (PSL-DF) e Hélio Lopes (PSL-RJ). Nenhum deles estava de máscara.

O grupo grande de pessoas que estava na porta do Palácio fazia parte de uma carreata que houve mais cedo na capital. A manifestação ignora as orientações de distanciamento social como medida para frear a disseminação do novo coronavírus. O próprio ministro da Saúde, Nelson Teich, disse na semana passada que a pasta nunca mudou a orientação de manter o isolamento social. Durante o ato, no entanto, uma criança passou pela grade e correu até o presidente, que a abraçou e tirou foto. Minutos depois, a mesma criança levou outra para abraçar Bolsonaro e tirar fotos.

O presidente desceu a rampa, mas ficou a um certa distância da grade e, dessa vez, não tirou fotos ou tocou apoiadores, como fez em outros momentos. Ontem (02/05), foram confirmadas 6.750 mortes por Covid-19 no Brasil e 96.559 casos de coronavírus.

A manifestação deste domingo também foi contra o ex-ministro Sérgio Moro, que se tornou o mais novo alvo de bolsonaristas após sair do governo acusando o presidente de interferência política na Polícia Federal. No último sábado, Moro prestou um depoimento de mais de 8 horas na PF.

Com informações portal Correio Braziliense

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