Ciro Gomes disse que estava “muito envergonhado” com a situação (Foto: Adriano Machado)
O ex-presidenciável Ciro Gomes (PDT) manifestou-se publicamente pela primeira vez após a saída de Carlos Lupi do comando do Ministério da Previdência Social e criticou duramente a decisão do governo Lula (PT) de indicar o deputado Wolney Queiroz (PDT-PE) como sucessor.
Em
publicação do partido nas redes sociais, nesta sexta-feira, 2, Ciro classificou
a nomeação como “indignidade inexplicável”. “Estou muito envergonhado!”,
escreveu ele, em resposta a uma postagem do próprio PDT celebrando a indicação
de Wolney.
A declaração evidencia o clima de divisão interna no PDT e reforça o tom de confronto de Ciro com o Palácio do Planalto. A crise no partido ganhou força após a exoneração de Lupi, que presidia a legenda e chefiava o Ministério da Previdência. O afastamento ocorreu após uma operação conjunta da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU) revelar um esquema de fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), tornando sua permanência insustentável.
Internamente, o PDT se divide sobre os rumos a tomar após o episódio. Enquanto uma ala defende o rompimento definitivo com o governo federal, outra, de perfil mais pragmático, defende a permanência na base de apoio ao presidente Lula. A nomeação de Wolney Queiroz, considerado próximo ao Planalto, tende a fortalecer o segundo grupo — mas aumenta o desgaste com figuras históricas do partido, como Ciro Gomes.
Mesmo deixando o cargo, Carlos Lupi negou qualquer envolvimento com as irregularidades. Em comunicado publicado nas redes sociais, afirmou que “em nenhum momento” foi citado nas investigações e disse esperar que os responsáveis sejam identificados e punidos. “Tomo esta decisão com a certeza de que meu nome não foi citado em nenhum momento nas investigações em curso, que apuram possíveis irregularidades no INSS”, afirmou.
Lupi
acrescentou que continuará colaborando com o governo para a apuração dos fatos.
“Espero que todo recurso que tenha sido desviado seja devolvido integralmente.
Deixo meu agradecimento aos mais de 20 mil servidores do INSS e do Ministério
da Previdência Social”, concluiu.
Publicado
originalmente no O Povo+
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