16 de maio de 2025

"Doa em quem doer, essa investigação vai até o fim", diz ministro da Previdência

Wolney Queiroz, ministro da Previdência Social, prestou informações sobre as fraudes no INSS no Senado (Foto: Sérgio Lima)

Em meio aos desdobramentos do esquema de fraudes no Instituto Nacional de Seguridade Social (INSS), o novo ministro da Previdência Social, Wolney Queiroz, foi prestar informações sobre o caso no Senado, nesta quinta-feira (15/5), na Comissão de Transparência, Governança, Fiscalização e Controle e Defesa do Consumidor.

“Doa em quem doer, essa investigação vai até o fim”, disse Queiroz, que assumiu há duas semanas, após a demissão do então ministro da Previdência Carlos Lupi. O ministro defendeu a atuação do governo e disse que as fraudes só foram descobertas e interrompidas por ação da Polícia Federal e da Controladoria-Geral da União (CGU), e reforçou que o valor dos reembolsos virão, inicialmente, dos R$ 2,560 milhões bloqueados das entidades associativas, que realizaram os descontos.

A tendência, segundo Wolney, é que esse valor “vá muito mais além”. “As investigações da Polícia Federal e da CGU ainda estão em curso. Os bloqueios de bens estão aumentando, as investigações podem alcançar novos bens e podem aumentar em muito nesse valor. E é desse valor, das empresas fraudulentas, fantasmas, que roubaram os aposentados, que nós vamos buscar a responsabilização e o ressarcimento.”

Segundo o chefe da pasta, a interrupção dos descontos se deu em abril, mesmo que, ao receber a folha e o contracheque, muitos aposentados ainda perceberam que havia o desconto. “A folha maciça do INSS, como nós chamamos, para ser rodada não é uma coisa simples. Portanto, a operação se deu no dia 25 de abril, a folha de pagamento já estava rodando, não havia tempo de cancelar uma folha e rodar uma nova folha”, explicou.

“Portanto, os descontos constaram na folha de abril, mas não os valores não foram repassados para as empresas, foram retidos pelo INSS. Essas associações, então, não receberam os recursos e os aposentados recebem o ressarcimento já na folha do mês de maio e a partir de maio não haverá mais nenhum desconto”, acrescentou.

Canais de atendimento

O ministro minimizou o fato de os canais digitais para solucionar o problema excluírem idosos ou dependentes com menor acesso à internet. Segundo ele, 91% de todos os acessos ao INSS já são pelo Meu INSS, 7% se comunicam pela central e 2% ainda recorrem às agências. “O presidente do INSS já está preparando uma estrutura nas agências de acolhimento, de comunicação simples e direta, para esse percentual que precisa recorrer às agências", disse.

Queiroz ainda enfatizou o discurso do Planalto, de que as fraudes não tiveram início neste governo. "Quero dizer que essas fraudes não começaram agora, mas terminaram nesse governo. Foi nosso governo, o governo do presidente Lula, uma decisão do governo que mandou chamar a polícia, que deflagrou a operação e que desbaratou essa gangue que roubava os aposentados.”

“Foi o nosso governo que pôs fim àquela farra e está tomando as providências para preservar os aposentados, para que nenhum deles fique prejudicado, e para punir exemplarmente cada uma e cada um daquelas associações e pessoas físicas", apontou o ministro.

Publicado originalmente no Correio Braziliense

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