9 de dezembro de 2019

A elite de Fortaleza volta às ruas, dessa vez pela segunda instância

Movimento na Praça Portugal, no bairro Aldeota, a favor da prisão em 2ª Instância (Foto: Mauri Melo)
Um grupo de manifestantes se reuniu na tarde de ontem, na Praça Portugal, para reivindicar o retorno da prisão após condenação em segunda instância, derrubada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em novembro deste ano. O ato "Sem Segunda Instância, Sem Férias", cobrou que o Legislativo Federal ponha em votação em plenário o tema ainda em 2019, antes do recesso parlamentar.

Alguns participantes chegaram a discutir com organizadores devido à falta de menção ao nome do presidente Jair Bolsonaro durante a manifestação. Integrante do movimento "Ordem e Liberdade Ceará", Edson Melo defendeu que o objetivo do ato foi de defesa das pautas considerados mais prejudiciais.

Por outro lado, os participantes insatisfeitos com a falta de menção ao presidente defendiam o apoio a Bolsonaro no ato. Uma manifestante que preferiu não se identificar afirmou que ela e seus colegas apoiam o presidente "em gênero, número e grau".

 "Nós estamos com o pé atrás para não acreditar em qualquer um que venha com palavras lisonjeiras. Aqui todo mundo foi homenageado, mas não foi mencionado o nome de Jair Messias Bolsonaro em momento nenhum", criticou.

Organizador do evento e coordenador do "VemPraRua.net", Marcelo Marinho afirmou ter compromisso e prioridade com a pauta principal do evento, justificando a necessidade em realizar a votação da prisão em 2ª instância antes das férias parlamentares.

"Na hora que vota um PL (Projeto de Lei), que já está no Senado e foi aprovado pela CCJ, todo mundo boicota e coloca obstáculos para o próximo ano, que vai ser um ano eleitoral. E esses deputados federais e senadores estarão defendendo seus candidatos", afirma.

Também presente no ato, o senador pelo Ceará Eduardo Girão (Podemos) defendeu a pauta e destacou como "retrocesso" a decisão do STF em relação à segunda instância. "Pela decisão vergonhosa do STF, nós saímos do rol dos países de desenvolvimento. Não é questão porque um ex-presidente foi solto, pois traficantes, pedófilos e homicidas estão sendo soltos no Brasil inteiro", destacou.

Na ocasião, Girão explicou o tema aos manifestantes, porém foi contestado por um grupo defensor de Jair Bolsonaro ao se manifestar contra o porte de armas. O senador também chegou a criticar a atuação de Eduardo Bolsonaro e demais filhos do presidente, chegando a ser abordado com maior veemência por uma manifestante.

Com informações portal O Povo Online

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