30 de setembro de 2023

Ainda sem definição do PDT, apoio formal ao Governo do Estado

O senador Cid Gomes defende o apoio formal do PDT a Elmano, André quer manter o partido independente (Foto: Divulgação/Facebook)

Terminou em confusão mais uma reunião do PDT Ceará. No encontro de ontem (29/09), o tumulto ocorreu logo após o início do debate se a legenda seria ou não base do governador Elmano de Freitas (PT). O assunto foi retirado de pauta a pedido do presidente nacional da sigla, André Figueiredo — licenciado da presidência estadual —, mas não impediu que uma confusão se formasse quando o processo eleitoral de 2022 voltou a ser assunto.

O atual presidente estadual, o senador Cid Gomes, é um dos defensores, assim como a maioria dos filiados, de que a legenda confirme ser base do governador e se reaproxime do PT, antigo aliado dos pedetistas. Foi possível escutar falas acaloradas do senador na parte exterior da sede da legenda. "Já tá perdendo, só tem 25%", "não fazer isso é ser falso, é ser hipócrita, é não fazer o certo", foram algumas das frases da discussão em tom elevado.

Sentado ao seu lado na reunião estava André Figueiredo contrário ao ingresso do partido na base de Elmano, alinhando-se como grupo do ex-prefeito de Fortaleza, Roberto Cláudio, que preside a sigla em Fortaleza.

O desejo é que a legenda, após o conturbado processo de 2022, siga na independência, hoje seguida apenas por três dos 10 deputados estaduais que o PDT tem na Assembleia Legislativa. As "feridas", como muitos partidários se referem ao processo, seguem causando divergências.

Esta foi a primeira reunião do diretório do PDT após o encontro do dia 25 de agosto, quando o partido concedeu carta de anuência para Evandro Leitão deixar o partido sem perder o mandato. O presidente da Assembleia Legislativa é cotado para disputar a Prefeitura de Fortaleza por PT ou PSB contra José Sarto (PDT), atual prefeito.

O grupo de André e RC, com poucos representantes presentes, retirou-se em protesto. O deputado saiu falando em agressão. "Não terminou bem. Vamos tomar decisões, porque não dá para conviver com ditadura dentro do PDT". E emendou: "Resolvemos nos retirar para não sermos coniventes com agressões descabidas dentro do PDT contra companheiros nossos".

"Nós ficamos vendo o passado, pensando no futuro e aí as intervenções mais acaloradas acabaram provocando manifestações mais duras, alguns se incomodaram. Isso acabou acirrando os ânimos", disse Cid, dando sua versão da discussão.

O senador demonstrou surpresa ao ser informado sobre a fala de "ditadura no PDT". "Ditador? Eu fui acusado de ditador? Se fui acusado em minha defesa, o que eu faço é reunir as instâncias partidárias. Alguém pode ser ditador com essa característica? Faço reunião de 15 em 15 dias da Executiva e uma vez por mês do diretório. Isso é atitude de ditador? Eu não mereço esse título", completou.

Com informações portal O Povo +

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