10 de dezembro de 2018

Breve histórico da Serra do Valério por Aldemir Ribeiro

Foto de Satélite da Comunidade Serra do Valério (Imagem capturada do Google Earth)
A região leste de Altaneira denominada de Sítio Valério, foi ocupada às margens do Riacho do Catolé, pela família Barros e posteriormente pela família Rufino tendo a cana-de-açúcar como base da economia com o desenvolvimento dos engenhos locais.

A Serra do Valério, a parte alta da serra do Quincuncá teria sido ocupada às margens de uma lagoa natural existente na localidade que era utilizada na rota dos comboieiros. A Serra foi desmembrada do Valério através de compra feita por João Ribeiro de Sousa a Joaquim Pereira Barros em data de 10 de dezembro de 1918. A extensão territorial tinha os seguintes limites: Sitio Olho d`água, Sítio Baixa de Pedra, Sítio Santa Tereza e Sítio São Romão.

As principais famílias que povoaram a Serra do Valério foram:

Família Carneiro de Almeida: Antonio Manuel de Almeida que era um comboieiro da família Almeida do Sítio Poças, ao casar-se com Maria Carneiro que era de Solonópolis, iria habitar às margens daquela lagoa da serra. Tiveram três filhos: José Carneiro, Otílio Carneiro e Ana Lurdes.  Antonio Manuel morreria algum tempo depois de febre amarela.

Família Ribeiro: O patriarca da família Ribeiro, foi João Ribeiro de Sousa, um retirante que sobreviveu às terríveis secas que assolaram o Ceará no final do século XIX da qual morreram os seus familiares sobrevivendo apenas ele e dois irmãos menores. Proveniente do antigo Quixará (atual Farias Brito), João Ribeiro teria se instalado no Valério após se envolver em uma fatal briga de foice por questões familiares. Para fugir às autoridades iria habitar nas matas do alto da serra onde desenvolveria a agricultura e a pecuária, explorando a área até as extremas do Sítio São Romão. Foi casado com Maria Francisca da Conceição, que é da família Eufrásio. Eram seus folhos: Joaquim Ribeiro, Antonio Ribeiro, Eva Ribeiro, Cicero Ribeiro e Maria Ribeiro. Faleceu em 1926.

Família Bitú: O patriarca Joaquim Alves Bitú, natural de Várzea Alegre, veio morar na Serra do Valério por volta de 1930, a convite da sogra Maria Carneiro. O fato de ser alfabetizado, fez dele uma liderança na comunidade. Tornou-se próspero na pecuária e desenvolvimento da mandioca. Foi visitado pelo senador da República Edgar Arruda sendo cabo eleitoral da sua campanha para Deputado Federal, o que o inspirou a ser candidato a vereador em Quixará em 1950, sendo suplente de Venceslau Rodrigues por uma diferença de três votos. Dentre seus filhos os mais conhecidos são: Antonio Bitú, Chico Bitú, Roso Bitú e Marlene Bitú.

Uma das principal atividades econômicas da Serra do Valério eram a pecuária a produção de farinha.
Antiga Casa de Farinha da Serra do Valério (Foto: Acervo da Família Ribeiro)

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