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Bolsonaro conduzido para colocar tornozeleira em Brasília (Foto: Victor Júnior) |
Umas duas semanas atrás, qual era o cenário? Bolsonaro seria condenado no STF pelo crime de tentativa de golpe de Estado, é verdade, mas é possível que sua pena fosse modulada e a prisão domiciliar, considerada como a mais adequada. E qual é hoje?
O ex-mandatário precisou encerrar uma entrevista mais cedo na sexta-feira, 18, porque tinha de estar em casa antes das 19 horas, em cumprimento às medidas cautelares impostas pelo relator da ação, ministro Alexandre de Moraes, das quais faz parte o uso da tornozeleira eletrônica.
Moral da história: desde que se pôs em marcha a investida tarifária do presidente dos EUA, o quadro de Bolsonaro se deteriorou. Está mais isolado e mais pressionado, às portas da cadeia e vendo seu arquirrival recuperar popularidade, ganhando um discurso fácil para a campanha eleitoral de 2026 - o da defesa da soberania nacional.
Nada disso foi conquista de Lula, que estava nas cordas até há pouco tempo. Tudo foi entregue de bandeja pela dobradinha entre o Pinky e o Cérebro tupiniquins. Pior: a operação "Zambelli", da qual Eduardo tanto se orgulha, ainda arrastou para o lamaçal o principal nome para substituir Bolsonaro na corrida pelo Planalto ano que vem: Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo.
De
modo que, embora a revogação dos vistos dos membros do Supremo faça crer que a
balança pende favoravelmente para o ex-presidente em meio a essa batalha
campal, dá-se exatamente o contrário: diante de tal chantagem comercial com
propósitos descaradamente políticos, não há hipótese de recuo do Judiciário
brasileiro. Pior para Bolsonaro.
Publicado
originalmente no portal O Povo +
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