20 de novembro de 2018

Cid quer ser mais o conciliador e menos o dos arroubos por Érico Firmo


O senador eleito Cid Gomes (PDT) começa a buscar protagonismo na cena de Brasília. Vai adotando o estilo da trajetória como governador do Ceará, mais que a marca dos episódios que deram a ele visibilidade nacional: os confrontos com Eduardo Cunha, na Câmara, e com petistas, em ato de apoio a Fernando Haddad (PT).

Na entrevista publicada nesta segunda-feira, 19, pelo Estado de S.Paulo, ele busca não ser o Cid dos arroubos, dos bate-bocas, mas da conciliação. Embora, às vezes, venha a explosão. O DNA Ferreira Gomes pesa.

Cid não fecha portas, nem a Jair Bolsonaro (PSL) nem ao PT. Porém, o curioso na entrevista é que ele parece ter mais boa vontade com Bolsonaro que com o PT. Mais aberto a se entender pontualmente com o governo que a montar bloco opositor com os petistas. Para o PT ele coloca condições.

Sobre Bolsonaro: "(...) se aquilo que a gente entende como melhor para o País vier como proposta do governo, terá nosso pronto apoio. E naquilo que a gente não concordar vamos procurar discordar construtivamente oferecendo alternativas e não simplesmente a velha tradição da oposição brasileira, quer seja PT ou PSDB, de apostar no quanto pior melhor".

Sobre o PT: "Se o PT amadurecer e achar que é razoável sair da posição que lhe é histórica de fazer oposição sistemática, tudo bem, nada a opor". E mais: "Desde que faça uma revisão, um mea-culpa do seu posicionamento histórico, que é de fazer oposição sistemática quando não são eles o governo".

Em ambos os casos, Cid deixa a porta aberta. Mas, ela me pareceu mais disponível e convidativa a Bolsonaro que ao partido de Lula. Com o PT, deixa a brecha, se o partido quiser e se topar rever posições. Volta a cobrar mea-culpa. Com Bolsonaro, a iniciativa de colaborar parte de Cid. Sintomático.

Com informações portal O Povo Online

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