20 de outubro de 2015

Nos 12 anos do Bolsa Família, beneficiários agora podem consultar informações no celular

Tereza Campello mostrando o aplicativo no celular por ocasião do lançamento (Foto: José Cruz)
A ministra Tereza Campello, do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, anunciou ontem (19/10), o lançamento do aplicativo do Bolsa Família para celulares. A ferramenta foi elaborada pela Caixa Econômica Federal e conta com funções disponíveis para beneficiários e não-beneficiários do programa.


“Qualquer beneficiário terá a oportunidade de saber, sem sair de casa, quando vai receber; dez dias antes do início do pagamento, poderá saber quanto será transferido, o local de saque mais próximo e se está com a frequência escolar correta ou se a criança precisa vacinar”, explicou a ministra, durante entrevista ao programa semanal Bom Dia, Ministro, transmitido pela TV NBr, do governo federal.

O lançamento do aplicativo faz parte das comemorações dos 12 anos do programa social, completados nesta terça-feira. Ele já pode ser baixado gratuitamente em celulares que usam sistema operacional do Google, da Apple ou do Windows.

“É mais um canal prático e seguro de comunicação com as famílias do Bolsa Família”, completou a ministra.

A ministra também garantiu a continuidade do programa de transferência de renda, que atende cerca de 14 milhões de famílias, ou aproximadamente 50 milhões de pessoas. O programa é um sucesso aclamado por várias entidades internacionais, como a ONU, e serve de modelo para países de todo o mundo.

“O Bolsa Família está garantido para 2015 e já está previsto no orçamento de 2016. É um compromisso garantido pela presidenta Dilma. O programa não vai sofrer nenhum tipo de interrupção, está preservado sem nenhum tipo de corte”, afirmou.

A ministra ressaltou a importância do programa de transferência de renda que investe 0,5% do Produto Interno Bruto (PIB) e faz a economia local girar. “Não é o Bolsa Família que está desequilibrando as contas. Ele faz a economia continuar a funcionar. O programa não é só bom para quem recebe, mas é bom para toda a economia, além de garantir as crianças nas escolas, o acesso à saúde e garantir o futuro delas”, destacou.

Campello reforçou o papel do programa ao quebrar o ciclo da pobreza. “São 12 anos de sucesso. Não somente porque crianças estão na escola, mas porque comprovadamente o programa apoiou a redução da mortalidade infantil, porque permite o acesso ao Pronatec para as famílias. O Bolsa Família é uma grande porta de entrada para a população de baixa renda nos serviços públicos”, avaliou.

A ministra Tereza Campello também destacou que as informações do Cadastro Único para Programas Sociais do Governo Federal e dos beneficiários do Bolsa Família são cruzadas com frequência com outros bancos de dados para evitar o recebimento indevido.

“Toda família tem de atualizar o cadastro a cada dois anos; quem não atualiza no prazo estipulado pode acabar sendo desligado. Tem muitas famílias que melhoram de vida, mas querem continuar no Cadastro Único para garantir benefícios e acesso a outros programas”, disse. Ela lembrou que, devido ao cruzamento de dados e à atualização cadastral, 600 mil pessoas saíram do Bolsa Família em 2014 porque não precisavam mais do benefício.

A ministra atribuiu críticas ao Bolsa Família ao preconceito de parte da população contra quem faz parte do programa. “O melhor remédio contra o preconceito é a informação”, disse Campello ao esclarecer que o benefício é apenas um complemento de renda, que 75% dos adultos do Bolsa Família trabalham e que a taxa de natalidade entre os pobres do Nordeste caiu 26%, enquanto no restante do país a redução foi de 10%. O MDS vai repassar neste mês de outubro R$ 2,3 bilhões aos beneficiários, com o valor médio de R$ 163,57 por família.

Tereza Campello lembrou que o programa de transferência de renda é reconhecido internacionalmente e é apontado como um dos responsáveis pela saída do país do Mapa da Fome, segundo a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO), com uma redução de 82% do número de subalimentados no Brasil.

Em 2003, no início do Bolsa Família, 10% da população estava em situação de insegurança alimentar.

Com informações do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome

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