9 de abril de 2020

Em novo pronunciamento presidente reconhece que isolamento é decisão de estados

O presidente manteve o tom mais ameno, mas repetiu que os prejuízos econômicos podem ser piores que os causados pelo vírus (Foto: Reprodução/Youtube)
O presidente Jair Bolsonaro realizou ontem (08/04), em rede nacional, o quinto pronunciamento em rede nacional sobre a crise provocada pelo novo coronavírus. Mais uma vez manteve o tom mais ameno já adotado no último dia 31, ressaltando que tanto o vírus quanto o desemprego devem ser combatidos, mas fez questão de frisar que as medidas de isolamento social, constantemente criticadas por ele, "são de responsabilidade exclusiva" de prefeitos e governadores. Outra preocupação foi reforçar a mensagem de que a hidroxicloroquina pode salvar vidas, mesmo sem que haja consenso científico sobre a eficácia e segurança da droga.

"Ser Presidente da República é olhar o todo, e não apenas as partes. Não restam dúvidas de que o nosso objetivo principal sempre foi salvar vidas", disse, no início. "Tenho a responsabilidade de decidir sobre as questões do País de forma ampla, usando a equipe de ministros que escolhi para conduzir os destinos da Nação. Todos devem estar sintonizados comigo".

Em seguida, reconheceu a autonomia de governadores e prefeitos, mas deixou claro que o governo federal não foi consultado antes de medidas como fechamento do comércio fossem adotadas. "Respeito a autonomia dos governadores e prefeitos. Muitas medidas, de forma restritiva ou não, são de responsabilidade exclusiva dos mesmos. O Governo Federal não foi consultado sobre sua amplitude ou duração."

Bolsonaro disse então que os prejuízos econômicos podem ser piores que os causados pelo vírus. "Os mais humildes não podem deixar de se mover para conseguir o pão de cada dia. O desemprego também leva à pobreza, à fome, à miséria, enfim, à própria morte. Com esse espírito, instruí meus ministros", pontuou.

Durante o discurso, Bolsonaro também ressaltou seu posicionamento sobre o uso da hidroxicloroquina e afirmou que ouviu médicos, pesquisadores e chefes de Estado de outros países. "Passei a divulgar, nos últimos 40 dias, a possibilidade de tratamento da doença desde sua fase inicial".

"Há pouco, conversei com o Dr. Roberto Kalil. Cumprimentei-o pela honestidade e compromisso com o Juramento de Hipócrates, ao assumir que não só usou a Hidroxicloroquina, bem como a ministrou para dezenas de pacientes. Todos estão salvos." Mais cedo, ele havia usado o Twitter para afirmar que "cada vez mais o uso de cloroquina se apresenta como algo eficaz".

Com informações portal Correio Braziliense

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