6 de abril de 2020

Deputado comemora parecer pela extinção do PT. Líderes reagem


Autor do requerimento pedindo a extinção do PT, o deputado Heitor Freire (PSL) comemorou a manifestação do vice-procurador-geral eleitoral Renato Brill de Góes que deu parecer pela admissibilidade de ação que pede extinção do registro do PT.

Na peça, o parlamentar aponta que investigações da Lava Jato indicam que o partido teria recebido recursos de empresas estrangeiras, incluindo a singapurana Keppel FELS e a japonesa Toshiba, o que iria contra a Lei dos Partidos Políticos.

O parecer, no entanto, precisa ser acatado pelo ministro do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Og Fernandes para abertura de processo. "Quem não deve, não teme. Então, se a legenda diz que cumpre a lei, não vejo motivo algum para temer uma investigação" disse o deputado Heitor Freire.

Para petistas, a tese afronta a democracia e tem "claro interesse político". Em nota, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann (PR), diz que não há quaisquer provas na ação e acusou o procurador de atender desejos do governo Jair Bolsonaro e tentar "calar" a voz da oposição. "Só isso justifica a admissão de um pedido esdrúxulo e ilegal", diz.

Ex-petista em rota de colisão com a sigla há vários anos, o ex-senador Cristovam Buarque (Cidadania) defendeu a sigla: "Este pessoal da procuradoria enlouqueceu ou são fascistas mesmo? (...) começam tentando fechar o PT, depois outros e outros. Até ficarem apenas um e seus satélites. É obrigação de qualquer democrata lutar para impedir isso", disse.

Para o deputado federal José Guimarães, principal líder do PT no Ceará, entre os parlamentares, a medida é um "claro atentado" à autonomia dos partidos. "Há jurisprudência no TSE indicando que a conduta de um ou outro dirigente não pode ensejar a cassação do registro de um partido", reclamou ele.

Com informações portal O Povo Online

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