28 de agosto de 2020

Bolsonaro reclama de valor do auxílio emergencial de R$ 600

A ministra Damares também participou da transmissão (Foto: Divulgação/Facebook)

O presidente Jair Bolsonaro falou sobre o valor do auxílio emergencial na live semanal. Disse que o país não tem condições de seguir gastando R$ 50 bilhões mensais até o fim do ano. Afirmou que os R$ 600 não são muito para quem recebe, mas custa muito aos cofres públicos. Por outro lado, admitiu que R$ 200 é um valor pequeno. Também mandou um breve recado ao ministro da Economia, Paulo Guedes. "Temos notícia de que a Economia, do Paulo Guedes, está reagindo. A gente espera que aconteça”, alfinetou.

O presidente seguiu afirmando que prorrogará o auxílio e elogiou o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas. “Eu falei na semana passada que R$ 600 é muito. O pessoal bateu em mim. Vai viver com R$ 600? Muitos dizem que o dinheiro é nosso. Não. É endividamento. São R$ 50 bilhões por mês. Eu queria R$ 50 bilhões na mão do Tarcísio. Em um ano, ele resolveria todos os problemas de infraestrutura do país”, afirmou.

A ministra da Mulher, Família e Direitos Humanos, Damares Alves, que participou da live com Bolsonaro, brincou e pediu R$ 5 bilhões para o ministério. Bolsonaro disse que o orçamento da Infraestrutura em 2021 será de R$ 8 bilhões, e voltou a falar no auxílio. "Estamos R$ 50 bilhões por mês nos endividando. É como a pessoa que está se endividando e perde o crédito. O Brasil não pode perder o crédito. Tenho conversado com equipe econômica, com o Paulo Guedes. Eu digo que R$ 200 é pouco. Não dá pra manter os R$ 600. É pouco para quem recebe, mas muito para quem paga”, disse.

“A ideia é entre R$ 200 e R$ 600. Foi criado para três meses. Passamos para cinco. Alguns querem mais quatro. É impossível. Quebra o Brasil. Perdemos a confiança. Temos que voltar ao trabalho. Não quero culpar ninguém por ter perdido o emprego. Vocês sabem. Todo mundo tem consciência, o que aconteceu, quem exagerou, foi além do limite. Aquele político preocupadíssimo com tua vida. E está aí a questão de emprego, muito sério”, completou.

Bolsonaro entrou no tema ao falar sobre a necessidade de combater o vírus e cuidar da economia, o que vem repetindo desde o início da pandemia. Ele voltou a usar de forma distorcida a fala do diretor-geral da Organização Mundial da Saúde (OMS), Tedros Adhanom, que afirmou que decidir entre economia e vidas é uma falsa escolha. Adhanom, na verdade, alertava para que os países priorizassem o combate ao vírus.

Bolsonaro também citou o novo primeiro-ministro Francês, Jean Castex, encarregado de iniciar a retomada econômica do país. Castex disse que o país não entrará em um novo lockdown. O número de casos no país, porém, voltou a crescer rapidamente nesse último mês. Castex quer evitar um novo confinamento, mas no país, estão evitando aglomerações, já estão na fase da reabertura e toda a população é legalmente obrigada a usar máscara.

Ao mesmo tempo que citou o primeiro-ministro francês fora de contexto, Bolsonaro disse que saiu na rua, sim, que conversou com eleitores e que ninguém tem nada a ver com a vida do presidente da República.

Com informações portal Correio Braziliense

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