30 de agosto de 2020

Brasil supera marca de 120 mil mortos por covid-19, mas presidente continua promovendo algomerações

 

Sem máscara, Bolsonaro cumprimenta apoiadores em Caldas Novas-MG (Foto: Divulgação/Facebook)

O Brasil superou ontem (29/08) a marca de 120 mil mortos pelo novo coronavírus. No total são 120.025 mortes registradas e 3.819.077 casos. Nas últimas 24 horas, foram contabilizados 10.414 casos positivos desde às 20h de ontem e 431 novos óbitos, em dados de sete estados, segundo o boletim divulgado às 12h59, no levantamento realizado pelo Estadão, G1, O Globo, Extra, Folha e UOL com as secretarias estaduais de Saúde.

O Brasil é o segundo país do mundo com mais casos e mais mortes por covid-19. Só está atrás dos Estados Unidos, que somam 5,94 milhões de contaminações confirmadas e 182,3 mil mortes, de acordo com levantamento da Universidade Johns Hopkins.

O balanço de óbitos e casos é resultado da parceria entre os seis meios de comunicação que passaram a trabalhar, desde o dia 8 de junho, de forma colaborativa para reunir as informações necessárias nos 26 estados e no Distrito Federal. A iniciativa inédita é uma resposta à decisão do governo Bolsonaro de restringir o acesso a dados sobre a pandemia. E se manteve mesmo após a manutenção dos registros governamentais.

O presidente Jair Bolsonaro continua a minimizar a pandemia e segue com a agenda de viagens pelo país. Ontem o chefe do Executivo desembarcou em Caldas Novas (GO) e repetiu o gesto de, sem o uso de máscara, cumprimentar apoiadores em meio a aglomeração com apertos de mãos e tapinhas nos ombros, além de tirar selfies.

Em seguida, Bolsonaro participou da solenidade de inauguração do Parque de Usina de Energia Fotovoltaica ao lado do governador de Goiás, Ronaldo Caiado e do prefeito de Caldas Novas, Evandro Magal.

No meio da fala, Bolsonaro pediu que os aplausos dados na cerimônia fossem direcionados aos 23 ministros do governo, sem destacar algum em específico. “São pessoas excepcionais, escolhidas pelo critério técnico. Não foi fácil escolhê-los dessa maneira por pressões outras, mas que agora deram retorno”.

Bolsonaro disse também que tem feito o possível com “os poucos recursos do país” e que prorrogará até o final do ano o auxílio emergencial, ainda sem um valor definido, mas que deverá ficar em R$ 300.

“Temos restrições orçamentárias bastante sérias. Aqueles que recebem o auxílio quero dizer uma coisa. Quando apareceu a pandemia os primeiros prejudicados foram os informais, os invisíveis. Nós criamos o auxílio emergencial por três meses, depois prorrogamos por mais dois completando cinco. Sabendo da necessidade, é pouco para quem recebe, mas muito para quem paga. O Brasil gasta por mês R$ 50 bilhões. Pretendemos, com valor menor, prorrogá-lo até o final do ano e fazer com que a economia volte a sua normalidade e, se Deus quiser, isso acontecerá”, completou, na oitava visita a Goiás.

O presidente Bolsonaro voltou a defender o uso da hidroxicloroquina como tratamento contra o coronavírus. Segundo ele, a medicação, que não possui comprovação científica de eficácia, “é uma realidade” e que cabe ao médico decidir sobre sua prescrição e não a governadores ou prefeitos.

O mandatário lembrou que pelas passagens pelo estado, uma delas foi para almoçar com o músico Amado Batista. Por fim, Bolsonaro agradeceu a acolhida na cidade.

O governador Ronaldo Caiado também discursou no evento e elogiou o trabalho do presidente. 

Com informações portal Correio Braziliense

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