20 de novembro de 2010

PSOL planeja reestruturação para 2012

Ver. João Alfredo em campanha pra
Deputado Estadual em set/2010

Apesar das sucessivas derrotas nestas eleições, o Partido Socialismo e Liberdade (Psol) no Ceará e no Brasil ainda respira. É o que garante o vereador de Fortaleza João Alfredo (Psol), que, mesmo admitindo as fragilidades do partido, afirmou que a sigla vai “continuar a ideia de projetar novos quadros na política cearense”. “Antes só existia o meu nome, depois apareceu o do (Renato) Roseno e nessas últimas eleições tivemos a Soraya e a Marilene”, disse.

O insucesso nas urnas para o cargo de deputado estadual disputado pelo vereador nestas eleições e a derrota de Renato Roseno, que obteve mais de 113 mil votos como candidato a deputado federal, fizeram com que o partido enxergasse o momento, segundo Alfredo, como propício para “organização e reestruturação”. “Vamos abrir processos de filiações com critério, estruturar o partido no interior e consolidá-lo na Capital”.

Conforme o vereador, um dos principais fatores que “dificultou” os resultados foi o “alto gasto das campanhas, com as máquinas poderosas empresarias à frente do processo eleitoral”, associado ao fato de que a legislação eleitoral vigente não contribui com o desenvolvimento de partidos pequenos, especialmente os “ideológicos”.

Além disso, outra dificuldade apontada por Alfredo é a de fazer oposição de esquerda no Ceará, onde há uma aceitação muito grande do Governo Lula. “Enfrentamos uma tripla condição, em que aturam juntos os governos federal, estadual e municipal. Foi muito difícil”.. No entanto, o parlamentar preferiu negar a derrota e disse acreditar que o partido “não saiu quebrado” deste pleito.

Com vistas às eleições de 2012, o Psol deve priorizar a definição de candidaturas com antecedência, para que sejam evitadas convocações de última hora. De acordo com o presidente do Psol no Ceará, Moésio Mota, a escolha dos candidatos poderá ocorrer ainda em 2011.

Cenário nacional

A saída da vereadora e ex-senadora Heloísa Helena (AL) da presidência nacional do partido, a não reeleição da deputada federal Luciana Genro (RS) e a votação inexpressiva de Plínio de Arruda Sampaio (SP) para presidente da República refletem que o partido ainda tem muitos desafios pela frente, segundo Mota.

 ''O momento não é favorável, mas há uma parcela da sociedade que não está satisfeita com o que está posto aí”, contrapõe o presidente, que, assim como Alfredo, concorda que, por meio de uma análise mais contextualizada do cenário nacional, o resultado nas urnas não foi tão negativo assim.

“A gente ficou muito feliz com a performance dos nossos candidatos. O resultado eleitoral não foi expressivo, mas a condução da nossa identidade ideológica foi bem”. Para ele, o mais importante é a conscientização da sociedade para as lutas de cunho sociais.

Com informações O POVO

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