15 de agosto de 2014

Pressão por Marina cresce dentro do PSB

Com a morte de Eduardo Campos, a coligação “Unidos para o Brasil”, que reúne PSB e Rede Sustentabilidade, passou a enfrentar cenário de incerteza sobre o posto de presidenciável. Desde o acidente, porém, o nome da vice Marina Silva tem ganhado força. 

O posicionamento da ex-ministra, entretanto, não é unanimidade entre os chefes da legenda. Marina se mostrou contrária à maioria das alianças regionais feitas pelo PSB. 

De acordo com Sérgio Novais, presidente do PSB no Ceará, ainda não houve tempo para “reunião oficial” do partido. O integrante da Executiva Nacional, entretanto, defende a candidatura de Marina. “Ela deve ser sim a nossa candidata. E o vice deve ser alguém de confiança de Eduardo, alguém de Pernambuco”.

Sérgio especula que a candidata a vice poderia ser, inclusive, a esposa de Campos. “Poderia ser a própria Renata. Ela sempre esteve presente em tudo, participando dos eventos da campanha. Só se ausentou recentemente por conta do filho mais novo”, diz. Outro nome apontado por Sérgio Novais para vice é o de Carlos Siqueira, então coordenador da campanha de Eduardo Campos e secretário-geral do PSB.

Em carta, o irmão de Eduardo, o advogado Antônio Campos defendeu a candidatura de Marina. “Tenho convicção que essa seria a vontade de Eduardo”., disse em publicação divulgada ontem.

Apesar de filiada ao PSB, a ex-senadora afirmou ter “data para deixar o partido”, em nota em junho último. A mudança seria “tão logo a Rede obtenha registro na Justiça Eleitora como partido autônomo, o que deve ocorrer nos próximos meses.

Entre as discordâncias de Marina desde o início da aliança com a Partido Socialista Brasileiro, a principal tem sido a desavença quanto às alianças regionais feitas pelo PSB, principalmente, com o PT e PSDB. O atual presidente da legenda, Roberto Amaral, inclusive, já havia demonstrado publicamente insatisfação com as críticas feitas por Marina Silva.

O jornal O POVO tentou contato com Pedro Ivo Batista, coordenador nacional de organização da Rede. Por meio da secretária, Pedro adiantou não estar comentando ainda sobre o posto de presidenciável, mas que “a partir de segunda-feira” o assunto será debatido.

Marina Silva passou a quinta-feira (14/08) no apartamento em que está hospedada em São Paulo. Acompanhada de duas de suas três filhas, ela pediu para não receber nenhuma visita.

Segundo aliados de Marina, ela não quer falar sobre o futuro político da chapa presidencial do PSB até o funeral de Campos. A ex-senadora pediu um tempo de luto, de 48 a 72 horas, pelo menos. Ela avisou que só irá a Recife após liberação do corpo.

Com informações O Povo Online

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