22 de agosto de 2014

Marina inicia campanha em meio a crise no PSB

Beto Albuquerque (ao microfone) aponta "pequeno desentendimento" (Foto: Valter Campanato)
O primeiro dia da campanha de Marina Silva após ser confirmada candidata a presidente foi de crise no PSB. Enquanto tenta recompor o comando de sua candidatura, a escolhida para ser a substituta eleitoral de Eduardo Campos, que morreu no último dia 13, reuniu-se com siglas aliadas para analisar o lançamento de seu nome à Presidência. Das seis legendas, só o nanico PSL não compareceu ao evento que aprovou a chapa. 

A reunião ocorreu em meio ao rompimento do coordenador-geral da campanha, Carlos Siqueira, com Marina, a quem dirigiu duras críticas. Outra baixa foi a saída do coordenador de mobilização e articulação, Milton Coelho.

Siqueira saiu da sala de reuniões em meio à fala de Marina e disse que a candidata não representa o legado de Eduardo Campos.

Marina se filiou em outubro ao partido após não conseguir montar a sua própria sigla, a Rede Sustentabilidade. “Ela não representa o legado dele (Campos), está muito longe de representar o legado dele. Como hospedeira da instituição, ela deveria respeitar essa instituição”, afirmou Siqueira, um dos dirigentes partidários mais próximos do ex-governador de Pernambuco, que morreu em um acidente aéreo, em Santos (SP).

“Ela que vá mandar na Rede dela, porque no PSB mandamos nós”, completou.

O rompimento entre os dois se deu porque Siqueira avalia que Marina quis impor nomes de sua confiança na campanha sem consultar o PSB. Na terça-feira (19/08), Marina indicou duas pessoas de sua confiança para a coordenação.

“Pela maneira grosseira como ela me tratou. Eu havia anunciado que minha função estava encerrada com a morte do meu amigo. Na reunião (de quarta) ela foi muito deselegante comigo. Eu disse que não aceitaria aquilo e afirmei: ‘A senhora está cortada das minhas relações pessoais’”, disse Siqueira.

No encontro de ontem, Marina preferiu não responder diretamente aos ataques do agora ex-coordenador da campanha, afirmando ter havido “equívoco” e “incompreensão”. “Estou muito tranquila com a minha consciência”, afirmou a candidata, após seguidos questionamentos.

“Não houve engano nenhum. Não estou e não estarei em hipótese alguma na campanha desta senhora”, afirmou Siqueira. Na reunião de ontem, PSB, PPS, PRP, PPL e PHS aprovaram a substituição de Campos por Marina, tendo o deputado federal Beto Albuquerque (PSB-RS) como vice.

Beto Albuquerque atribuiu os desentendimentos a “estresse” e “tensão” pela morte de Campos. “Não há crise nenhuma, foi um pequeno desentendimento de palavras, de compreensão. É fruto do estresse que estamos todos vivendo. Os últimos sete dias foram terríveis para nós.”


Com informações O Povo Online

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