21 de agosto de 2014

PSB livra Marina de palanques com tucanos

Beto Albuquerque, Marina e Roberto Amaral no anúncio oficial da nova chapa (Foto: Humberto Pradera)
O PSB anunciou oficialmente ontem à noite a candidatura de Marina Silva à Presidência e de Beto Albuquerque a vice. Falando como candidata, Marina declarou que a palavra de ordem do partido agora é crescer na unidade e tratar “com generosidade” as diferenças. O que une PSB e Rede, segundo Marina, é o programa elaborado juntamente com Eduardo Campos, morto na quarta-feira da semana passada, em Santos. 

O anúncio ocorreu após reunião de quase seis horas em Brasília com dirigentes do PSB e da Rede. Marina disse que manterá a postura em relação aos acordos regionais feitos por Campos e não subirá em palanques como os de São Paulo, Paraná e Santa Catarina, estados onde o PSB se aliou ao PSDB.

Marina foi contrária a várias alianças locais e comunicou ao PSB que vai manter a posição. O governador do Espírito Santo, Renato Casagrande (PSB), esteve na reunião e disse que Marina “não vai aonde já não iria”. “Não há desconforto, tudo o que foi combinado com Eduardo será mantido”. O vice Beto Albuquerque estará ao lado dos aliados nos estados em que a ex-ministra não fará campanha.

Na reunião de ontem, Marina fez alterações no comando da campanha, colocando dois homens de sua confiança à frente de áreas estratégicas. O deputado Walter Feldman, assessor pessoal de Marina, será coordenador-executivo da campanha ao lado do secretário-geral do PSB, Carlos Siqueira.

O cargo adjunto era de outro aliado de Marina, Bazileu Margarido, que assume agora um posto no comitê financeiro, junto a Henrique Costa, amigo próximo do ex-governador de Campos.

Marina tem restrições quanto a empresas que possam fazer doações para a campanha. Tabaco, armas e bebidas alcoólicas são exemplos de indústrias que a ex-senadora não quer ver contribuindo com sua eventual eleição.

O presidente do PSB no Ceará, Sérgio Novais, disse que participou da decisão de liberar Marina de alguns palanques. “Como acordos regionais tinham sido feitos nesses critérios (por Campos), acho que ela deveria participar somente nos estados em que ela tenha afinidade”.


Segundo o dirigente, Marina pode visitar o Ceará “nos próximos 15 dias”.

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